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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Evangelho – Lucas 6, 27-38 – 1ª Cor 8, 1b-7; 11-13 – Salmo 138


Primeiro Leitura:
Paulo está orientando para a caridade (o amor). O conhecimento nos torna mais preparados mas o que constrói é o amor. Muitas práticas consideradas tabus não tem nenhuma importância diante de Deus, porque o que conta para estar em comunhão com Deus é a convicção de que Ele é o único e a prática da caridade. No entanto, há pessoas na comunidade, ainda despreparadas, porque habituados ao modo antigo de entender, acreditavam que carnes imoladas de animais sacrificados eram proibidos, porque os antigos faziam sacrifícios aos ídolos com essas práticas. Por isso Paulo aconselha não comer para não escandalizar esses irmãos ainda fracos na fé.
Hoje nós podemos comparar isso a algumas ações que praticamos e que embora, não nos façam nenhum mal, podem tumultuar e confundir a cabeça das pessoas desavisadas levando-as a retrocederem na fé por não possuírem ainda um amadurecimento espiritual. Quando nós compreendemos isso, somos capazes de renunciar a alguma ação que nos é agradável, só por amor, para não confundir os que têm a consciência fraca. Assim sendo, quando nós renunciamos ao “beber”, ao “comer”, ao contar histórias “engraçadas” (piadas), aos comentários jocosos, nós o fazemos por amor e para edificação do reino de Deus. Por isso, São Paulo nos ensina: “se um alimento é ocasião de queda para meu irmão, nunca mais o comerei para não escandalizá-lo”.


Salmo:




Evangelho:


Se, colocarmos de um lado, as instruções de Jesus neste Evangelho, e do outro lado, as concepções que o mundo prega, com certeza, nós perceberemos que existe um fosso enorme separando as duas vertentes. Por isso, quando nós ouvimos Jesus falar coisas como: amar os nossos inimigos, fazer o bem aos que nos odeiam ou bendizer aos que nos amaldiçoam; rezar pelos que nos caluniam e dar a outra face depois de tomar uma bofetada; entregar a túnica quando alguém já nos tomou o manto, etc., nós nos apavoramos e achamos que Ele nos propõe andarmos na contra mão do mundo. Jesus veio desbaratar a teia do inimigo que tenta nos infligir uma doutrina de morte que nos instrui a nos posicionar uns contra os outros lançando fora a virtude da caridade que Deus nos conferiu.

A chave para que possamos compreender o que Jesus veio nos ensinar está justamente, nessa expressão: “O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles.” Quando nos colocamos no lugar do outro, quando nos envolvemos com o outro indivíduo, nós podemos compreender as suas motivações e assim, também, perdoar, compreender, acolher.
Depois também Jesus nos faz outras indagações para a nossa reflexão: qual a recompensa que nós teremos se fizermos o bem só a quem nos fizer o bem? Quais os méritos que teremos se amarmos somente a quem nos ama? Se emprestarmos dinheiro, somente a quem nos pode pagar nós não estaremos fazendo por amor, mas sim, por conveniência; Jesus ainda nos adverte: “sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus”. Finalmente, Ele nos dá a dica para que sejamos misericordiosos como o Pai é misericordioso: não julgar, porque assim também não seremos julgados; não condenar, para que também não sejamos condenados; perdoar para que sejamos perdoados; dar para poder então, receber. Enfim, com a mesma medida com que nós medimos os outros, nós seremos também medidos.



Parte desse comentário é extraído de uma reflexão de
Helena SErpa, Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

  



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