Leitura: CARTA DE PAULO AOS ROMANOS 6,19-23
Salmo Responsorial: SALMO 1
EVANGELHO: Lucas 12,49-53
Comentário ao Evangelho
Jesus se encarnou e veio morar na terra dos homens, junto
aos homens, se revestiu de homem, mas na Sua natureza Divina. Só um homem com
essas características poderia purificar a natureza do homem. Remir a sua
natureza tão corrompida pelo pecado, para que ele pudesse usar a sua liberdade
de forma que ela pudesse contribuir para a elevação da sua humanidade para,
então poder estar diante de Deus. Por isso Jesus fala sobre o “fogo” que Ele
veio lançar sobre a terra, o fogo que consome as impurezas que o pecado faz ao
homem. Jesus tem a força de purificar o mundo da impureza do egoísmo e do
pecado, permitindo que a graça e a salvação brilhem em todo seu esplendor.
A divisão da qual Jesus fala refere-se ao bem e mal que
condicionam os corações. A salvação que é o bem traz em si a vida porque leva à
vida eterna; e a morte que é consequência do mal, do pecado impede a vida,
porque em pecado não se tem acesso à vida eterna com Deus.
O batismo o qual Jesus deve ser batizado é a experiência de
oferta amorosa radical, em obediência ao Pai, que Ele iria viver para salvação
da humanidade.
Há muitos falsos profetas disseminando a confusão e as
pessoas se lançam em diversas direções em busca do que acha ser o melhor para
si, por isso a tensão se estabelece nas famílias entre irmãos, amigos,
comunidade... Mas a tensão é necessária para que se reflita sobre a verdade que
satisfaz o homem, a verdade cujo centro é o próprio Cristo, o único capaz de
conduzir o homem à plena amizade com Deus.
Cristo desmistifica a ideia de um Deus mágico, extremamente
misericordioso que tem o poder de salvar o homem apenas pela fé ou pelas obras.
Deus tem o poder sim, sobre tudo, mas a salvação implica em passar pelo batismo
que Jesus passou: o combate contra o mal, a dor, a humilhação, o sofrimento e a
morte, tudo isto em obediência a Deus, por amor, para então ressuscitar para a
vida eterna.
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