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domingo, 10 de abril de 2011

OUVIR O CORAÇÃO


Devemos dar mais atenção ao nosso coração ao tomar “qualquer” decisão em nossa vida. Digo isto porque quase sempre ao fazermos nossas escolhas acabamos por gastar nossas energias em coisas que nem sempre nos leva à felicidade. Os desejos de bem: de felicidade, de justiça, de amor, são desejos comuns à toda a raça humana. Esses desejos foram impregnados em nós, fazem parte da nossa essência. Foram colocados em nós pelo Criador como  imagem Dele. Essa imagem e semelhança é que dá humanidade ao humano. Ele assim nos fez, com sua imagem e semelhança para nos valorizar, do contrário seríamos desumanos, um verme talvez, igual à outra criação da natureza. Mas Deus nos humanizou, nos valorizou, nos engrandeceu doando-nos a sua essência.
                Já que somos assim tão valorosos por Deus por quê não nos valorizarmos também? Mas como podemos nos dar o devido valor que já o possuímos? Como podemos avaliar se estamos nos dando o devido valor que temos? Amando-nos a nós mesmos, mas acima de tudo amando  Àquele que nos amou primeiro, porque nos valorizou primeiramente. O amor a nós mesmos está condicionado a Ele primeiro, porque é Ele que nos revela a nós mesmos. Deus não pretende cativar nossa atenção nos pedindo que o ame em primeiro lugar não. Ele não precisa disso, pois Ele se basta, nós é que precisamos amá-Lo, porque é a partir da nossa abertura a esse amor que nos habilitaremos a amar a nós mesmos e aos outros.
                Então, preste atenção ao coração. Preste atenção ao desejo de bem do coração para não fazer escolhas que vá contra a esse desejo de bem. Fazer escolhas que são contra a esse desejo de bem é trair a si próprio e principalmente, trair a Deus que colocou esses desejos no nosso coração. Por isso, quando eu traio eu tenho que me reconciliar com Deus, porque preciso ser perdoado. Eu necessito ser perdoado para eu voltar a ser feliz. Existe uma nuvem negra que paira no ar e impede de sermos felizes por completo, uma nuvem que só Deus é capaz de tirar, mas precisa que eu reconheça o meu erro, se traí.  Engana-se quem pensa que traição só acontece de uma pessoa para a outra. A traição, como disse, primeiramente é contra si próprio porque faz com que a pessoa fique confusa, e na confusão vai sendo desfigurada até o ponto de não se reconhecer.
                Portanto, a única forma de sermos felizes por completo é sempre, antes de uma escolha, perguntar ao coração: isto que vou fazer é o que eu desejo para minha vida? Se assim estou agindo, isto me liberta, eu me sinto livre agindo assim? A liberdade produz na pessoa uma agradável sensação de leveza, é assim que eu me sinto? Se a resposta for não, não perca tempo, volte atrás  e mude o rumo, tomando a decisão que vai proporcionar essa libertação. A vida, vida mesmo, vida feliz, depende disso. E isto vale em qualquer circunstância e também para as nossas escolhas materiais. Às vezes estamos tão preocupados em nos assegurarmos de um futuro feliz, que nos lançamos avidamente na busca de coisas materiais a acabamos por não viver o presente. Não digo que seja errado nos assegurarmos de alguns bens importantes para a nossa vida, mas isto deve estar focado no presente e não num futuro, que é incerto por sua natureza. Não coloquemos tantos fardos em nossas costas com vistas no futuro, vivamos o presente, senão corremos o risco de não vivermos o presente nunca e, quando nos envelhecermos, vamos estar frustrados por nunca termos tido presente. O nosso olhar para o presente deve ser de gratidão sempre, pois, como o próprio significado da palavra presente é uma dádiva, uma graça.
                Não se esqueça, é no coração que está o grande segredo da felicidade. Porque Deus nos fala através de nossos desejos humanos de bem. O que temos de fazer é obedecer aos desejos do coração.
Geovani  - 18/12/2010

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