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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Evangelho Lucas 5, 1-11 - Carta de Paulo 1ª Cor 3, 18-23 – Salmo 23






1ª Cor 3, 18-23 – “A sabedoria deste mundo é insensatez diante de Deus”

Diante da mentalidade de Deus a nossa existência humana está sujeita a contradições que, muitas vezes, nos perturbam. Quando percebemos que somos inteligentes, temos capacidade para criar, para realizar, para fazer fortuna, possuímos dons, adquirimos conhecimento, sucesso, no entanto, diante de Deus, tudo isto não tem o menor significado, nós nos damos conta da nossa limitação humana. Por isso, nos confundimos e não entendemos que somos seres humanos cheios de sabedoria, no entanto, para que possamos ser distinguidos como sábios diante de Deus, temos que nos reconhecer insensatos perante o mundo. Não podemos nos arvorar da nossa sabedoria humana, porque assim podemos ser apanhados por Deus em nossa própria esperteza. Na realidade, precisamos apreender que existe a sabedoria do mundo e a sabedoria de Deus e que, diante de Deus, os pensamentos dos sábios do mundo, são vãos. São Paulo descreve os sábios conforme a mentalidade que o mundo prega: sucesso, fama, fortuna, prazer, poder, ter. Por isso, ele nos apresenta uma regra: “se algum de vós pensa que é sábio nas coisas deste mundo, reconheça sua insensatez, para se tornar sábio de verdade, pois a sabedoria deste mundo é insensatez diante de Deus”. Essa regra vale tanto para nós, como para as pessoas a quem “idolatramos” por sua sabedoria, que nos encantam com sua beleza, a quem aplaudimos pelos seus dons. Por conseguinte, devemos fazer uma reflexão acerca do nosso entendimento em relação às pessoas a quem consideramos importantes, sábias, instruídas e a quem valorizamos mais do que às outras. Na verdade Deus deu a nós, homens e mulheres, inteligência a fim de que possamos desenvolver o mundo por Ele criado, no entanto, nós extrapolamos a Sua confiança e queremos ser um outro deus. Quando isto acontece a nossa mentalidade fica obscurecida levando-nos à insensatez. “Que ninguém ponha a sua glória em homem algum!” Tudo é nosso, o mundo, a vida, a morte, o presente e o futuro, mas nós somos de Cristo e Cristo é de Deus. Por isso, precisamos aprender a dar o seu ao seu dono e a glória a quem pertence. Nós somos a glória de Deus quando irradiamos ao mundo o pensamento de Deus e a Sua mentalidade. – Qual é a mentalidade de Deus? – Qual a palavra chave para decifrar todos os mistérios de Deus? - Qual é o papel do homem na criação de Deus? – O que você tem percebido nas pessoas que adquirem fama e poder?


Salmo 23 – “ Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra”
A primeira manifestação do poder de Deus nos é dada quando olhamos a natureza e tudo o que Ele criou. Precisamos estar atentos: estamos aqui de passagem e enquanto aqui nos encontramos usufruímos tudo quanto Deus colocou a nossa disposição. Porém, a nossa alma tem sede do infinito. Desejamos subir até a morada de Deus e para isso importa mais termos desde já, coração, mente e mãos puras.




Evangelho – Lucas 5, 1-11 – “Avançar para águas mais profundas!”

Deus precisa de nós para realizar o Seu plano de Salvação em Jesus Cristo. Para isso, Ele está atento aos nossos movimentos, conhece as nossas necessidades e também aproveita os momentos em que estamos parados (as), isto é, desanimados (as) por causa da pesca que não foi boa e entra na nossa barca. Jesus se manifesta na nossa vida de uma maneira muito coerente com o que Ele deseja realizar em nós e por nosso intermédio. Ele vem a nós quando estamos no posto do nosso trabalho ou na lida da nossa casa, passando por algum sofrimento ou enfrentando situações difíceis. Para cada um de nós Ele usa uma metodologia diferente. O importante, é que Ele precisa de nós do jeito que somos e do modo como vivemos. Foi assim que Ele se aproximou de Simão e de André seu irmão, fez um milagre na sua vida e, depois os convidou para serem pescadores de homens, e assim, O seguirem. Primeiramente, Ele avistou as “duas barcas paradas na margem do lago” e percebeu que aqueles homens estavam desalentados e precisavam de ajuda. No entanto, Jesus não os subestimou, mas pediu-lhes ajuda para entrar na sua barca e dali falar para a multidão. Somente depois, Jesus os instruiu para avançar e ir até o lugar onde encontrariam muitos peixes. Assim também Jesus faz conosco. Ele se manifesta nas situações da nossa vida, aproveita as oportunidades quando estamos de coração aberto, acrisolado, age em nós, transforma as nossas situações de pesar, providencia o que está nos faltando e depois também diz: “Vem”! “Não tenhas medo! De hoje em diante, tu serás pescador de homens!” Jesus nos chama para sermos pescadores de homens! Ele providencia o peixe para nós, porém, necessita das nossas redes a fim de tomar para Ele as almas necessitadas de salvação. Portanto, devemos estar atentos (as) para nunca nos revoltar em momentos de penúria, pensando que para nós não há mais esperança, pois Jesus está esperando a hora de poder nos instruir, dizendo: “Avança para águas mais profundas, e lançai as vossas redes para a pesca.” A Palavra de Jesus se cumpriu e aqueles pescadores reconheceram o Seu poder. A nossa garantia também é a Sua Palavra que se cumpre, conforme o nosso acolhimento. Por isso, a mensagem desse Evangelho nos motiva a nunca desistir e sempre tentar novamente sabendo que Jesus está perto e pode orientar a pesca da nossa vida. Ele nos ilumina com o Seu Espírito e nos dá a segurança para que nunca percamos a esperança. Mesmo que também já tenhamos trabalhado a noite inteira e nada tenhamos conseguido pescar, mesmo que já se tenha exaurido a nossa capacidade de pedir, de suplicar, de esperar por alguma coisa de que necessitamos, “em atenção à Palavra de Jesus”, devemos prosseguir lançando as redes. É esta a mesma Palavra que nos anima hoje a avançar na nossa vida, na nossa pescaria, na nossa luta em busca de paz, de felicidade, de vida plena. Avançar para águas mais profundas significa para nós, buscar mais conhecimento de Deus, da Sua Lei, dos Seus ensinamentos, dos Seus decretos. Quanto mais mergulharmos no Evangelho, nas Escrituras, mais iremos encontrar respostas para os nossos questionamentos e angústias. Que a nossa pesca seja profícua e não se restrinja somente ao nosso circulo de amizade. Jesus quer que sejamos pescadores no Seu reino e a rede que Ele nos dá é o Seu amor e a Sua Palavra. – Jesus já realizou algum milagre na sua vida? - Pois comece desde já: conte para os seus amigos, suas amigas a experiência que você tem com Ele com a Sua Palavra. Conte para todos o que mudou na sua vida, qual a sua esperança e o que você tem descoberto com a Palavra de Deus. - Você tem usado o Amor de Deus como rede para atrair as pessoas para Ele? - Mesmo que você não tenha muita vontade você atende ao chamado de Jesus em atenção à Sua Palavra?



Comentários de:

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho http://blogdasagradafamilia.blogspot.com.br/search?updated-max=2012-09-06T05:48:00-03:00&max-results=15

3 comentários:

  1. Gostaria de agradecer pelas msg. que postas em favor da humanidade pois são palavras vivas e verdadeiras.
    Estive vendo que o salmo 23 é diferente do que postou. Neste seu ele é encontrado como o salmo 24. Favor verificar. Deus te abençoe. Canal: DESPERTA !! IGREJA !! (jasilva). Deus te abençoe

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    1. Antes de mais nada quero agradecer pelo seu comentário. Você tem razão sobre as diferenças numéricas entre os Salmos. Isso ocorre é porque a Biblia na tradução Grega houve uma subdivisão do Salmo 9 e foi a partir do v. 22 na tradução Grega pra a ser o Salmo 10. No link abaixo pode-se comprovar, os números entre parêntese, exemplo 22. (1). Dai para a frente houve juma diferença em relação à numeração dos Salmos. De forma que o Salmo 22 (O Senhor é meu Pastor...) na Bíblia de tradução Grega é o 23 na Bíblia de tradução Hebraica.
      http://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/salmos/9/

      Esta diferença é compensada o Salmo 147, que na tradução grega são 12 v. e na tradução hebraica é 20. Observe entre parêntese no link abaixo 1. (12). Os números ( ) referem-se aos da tradução hebraica.
      http://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/salmos/147/

      Assim na contagem final os Salmos somam 150.

      Tanto a tradução Grega quanto a tradução Hebraica se originaram de uma só, apenas o tradutor para a língua Grega fez a divisão dessa forma.


      A título de informação coloco aqui as línguas as quais originaram a Bíblia:

      A Bíblia não foi escrita numa única língua, mas em três línguas diferentes. A maior parte do Antigo Testamento foi escrita em hebraico. Era a língua que se falava na Palestina antes do cativeiro. Depois do cativeiro, o povo de lá começou a falar o aramaico.
      Mas a Bíblia continuou a ser escrita, copiada e lida em hebraico. Para que o povo pudesse ter acesso à Bíblia, foram criadas escolinhas em toda a parte. Jesus deve ter frequentado a escolinha de Nazaré para aprender o hebraico. Só uma parte bem pequena do Antigo Testamento foi escrita em aramaico.

      Um único livro do Antigo Testamento, o livro da Sabedoria, e todo o Novo Testamento foram escritos em grego. O grego era a nova língua do comércio que invadiu o mundo daquele tempo, depois das conquistas de Alexandre Magno, no século IV antes de Cristo.

      No tempo de Jesus, o povo da Palestina falava o aramaico em casa, usava o hebraico na leitura da Bíblia, e o grego no comércio e na política. Quando os apóstolos saíram da Palestina para pregar o Evangelho aos outros povos, eles adotaram uma tradução grega do Antigo Testamento, feita no Egito no século III antes de Cristo para os judeus imigrantes que já não entendiam mais o hebraico nem o aramaico.

      Esta tradução grega é chamada Septuaginta ou Setenta. Na época em que ela foi feita, a lista (cânon) dos livros sagrados ainda não estava concluída. E assim aconteceu que a lista dos livros desta tradução grega ficou mais comprida do que a lista dos livros da Bíblia hebraica.

      É desta diferença entre a Bíblia hebraica da Palestina e a Bíblia grega do Egito, que veio a diferença entre a Bíblia dos protestantes e a Bíblia dos católicos.

      Os protestantes preferiram a lista mais curta e mais antiga da Bíblia hebraica, e os católicos, seguindo o exemplo dos apóstolos, ficaram com a lista mais comprida da tradução grega dos Setenta.

      Há sete livros a mais na Bíblia dos católicos: Tobias, Judite, Baruc, Eclesiástico, Sabedoria, os dois livros dos Macabeus, além de algumas partes de Daniel e de Ester. São chamados “deuterocanônicos”, isto é, são da segunda (deutero) lista (cânon).

      http://www.franciscanos.org.br/?p=20573

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  2. Acho a história do discípulo Pedro encantadora! Excelente compartilhamento!

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