PRIMEIRA LEITURA – (1º Coríntios 2,10b-16)
SALMO – (144)
EVANGELHO – (Lucas 4,31-37)
O Espírito é Aquele que desvenda tudo. Ele vai aos escombros de nós mesmos e traz a tona a verdade absoluta, que não pode ser contestada; a verdade sobre nós mesmos e sobre o meio em que vivemos. O Espírito de Deus atua, constantemente, em tudo: a própria natureza testemunha essa verdade, a vida acontece dinamicamente, sem que percebamos ou influímos, apenas vemos com os próprios olhos como a sementinha algum tempo depois se transforma em árvore.
Acontece também conosco, é o Espírito de Deus o responsável sopro da vida e por nos mantermos vivos e, ainda, por percebermos a Presença de Deus no nosso meio. São Paulo nos esclarece que a pessoa espiritualizada é capaz de julgar tudo, mas ela mesmo não é julgada por ninguém. Isto significa que, quando somos aconselhados (as) e guiados(as) pelo Espírito Santo e seguimos o pensamento de Cristo nós nos tornamos parecidos com Ele e estamos isentos(as) dos juízos de Deus Pai, pois vivemos segundo a Sua vontade e estamos conformados ao Seu modo de ser e não conforme o pensamento do mundo.
Será que estamos em conformidade com o pensamento de Cristo? – Temos crescido no conhecimento de Deus por revelação do Espírito Santo? – Você que procura seguir a Cristo, já percebeu que muitas coisas as quais você não compreendia antes, hoje já são mais claras para você? – A que você atribui isto?
Este salmo nos passa os atributos de Deus e as razões pelas quais Ele é digno do nosso louvor e adoração. O que o salmo diz de Deus? Ele é bondade imensa, tem misericórdia para com todos, tem amor igual para com todos, é paciente e compassivo, é fiel em suas palavras e santo em tudo o que faz. O v 14 diz: “O Senhor sustém os que vacilam, e soergue os abatidos”. Ele é bom para com todos e cheio de ternura com todas as criaturas. Aqueles que se dirigem ao Senhor colocando sua Esperança Nele, Ele se faz próximo dele, satisfaz os seus desejos e os salva de suas inseguranças.
Assim sendo, nós temos mil e uma razões para glorificá-Lo e espalhar os Seus prodígios entre os homens. Que tal nos colocar como o salmista: reconhecermos isto e aproveitarmos para adorá-Lo e O glorificarmos todos os dias da nossa vida? Se ainda não percebemos isto, vamos percebê-lo à medida que nos abrirmos à ação do Espírito de Deus em nós, pois Deus dá a todos os dons do Espírito, desde que aja desejo e boa vontade de nossa parte.
Jesus Cristo era conduzido pelo Espírito Santo, e por isso mantinha uma intimidade perene com o Pai recebendo Dele todas as instruções para que pudesse realizar a Sua obra aqui na terra. Dessa forma, as pessoas ficavam admiradas com o Seu ensinamento e reconheciam a Sua autoridade. No entanto, a autoridade com que Jesus falava vinha da Sua convicção por viver em conformidade com o que proclamava.
O próprio espírito mau reconhece a divindade Jesus Cristo, “Sei muito bem quem é você: é o Santo que Deus enviou!”. O Apóstolo Tiago diz em sua carta, capítulo 2, v.19: “Crês que há um só Deus? Fazes bem. Também os demônios creem e temem”. Se o apóstolo queria dizer que a fé que se proclama deve ser acompanhada de obras em coerência com a fé, também podemos concluir que é preciso mais do que “crer” em Jesus: é preciso amá-lo, e não viver a combatê-lo, como fazem os demônios…
A palavra “fé” vem do latim, “fides” e diz respeito a “fidelidade”. A nossa fé não deve ser uma espécie de noção intelectual, um abstrato exercício da mente, mas que falta algo de essencial para se transformar em vida... Prá ser fiel a nossa vida deve estar pautada no projeto de vida do Mestre. Não nos basta ter certeza no coração a respeito de Cristo, é necessário que a fé seja capaz de nos mover e nos colocar em ação, no sentido de nos transformar em pessoas melhores. Se assim não agirmos não estaremos sendo fiéis à fé que professamos pelo batismo cristão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário