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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Instruções de Nossa Senhora a Santa Brígida a respeito de ter que conviver, nas nossas relações, tanto no Trabalho, como em outras, sendo Testemunhos de Deus nos ambientes onde vivemos




A amável pergunta da Mãe (Nossa Senhora) à Esposa (Santa Brígida), a humilde resposta da esposa à Mãe, a útil réplica da Mãe à Esposa e sobre o progresso das pessoas boas entre os malvados.

LIVRO 1 - CAPÍTULO 22

A Mãe falou a à esposa de seu Filho dizendo-lhe: “Tu és a esposa de meu Filho.
Diga-me, no que estás pensando e o que desejas? ” A esposa respondeu: “Senhora minha, tu o sabes, porque sabes tudo”. A Virgem Bendita acrescentou: “Mesmo que eu saiba tudo, gostaria que me dissesses na presença dessas pessoas que te escutam”. A esposa disse: “Senhora minha, temo duas coisas. Primeiro – disse – temo não lamentar-me nem emendar-me por meus pecados tanto quanto desejaria. Segundo, estou triste porque teu Filho tem muitos inimigos”.
A Virgem Maria respondeu: “Dar-te-ei três remédios para a primeira preocupação.
Em primeiro lugar, pensa em como todos os seres que têm alma, como as rãs ou qualquer outro animal, de vez em quando têm problemas, mesmo que suas almas não sejam eternas, e que morrem com seus corpos. Entretanto, teu espírito e toda a alma humana vive para sempre. Segundo, pense na misericórdia de Deus, porque não há ninguém que, por mais pecados que tenha, não seja perdoado se tão somente rezar com contrição e com a intenção de melhorar. Terceiro, pensa quanta glória consegue a alma quando vive com Deus e em Deus eternamente.
Vou dar-te também três remédios para sua segunda preocupação, sobre os muitos inimigos de Deus. Primeiro, considera que teu Deus e Criador, e o deles, é Juiz sobre eles, e que eles nunca mais irão criticá-lo novamente, mesmo porque tolerou pacientemente sua maldade durante um tempo. Segundo, recorda que eles são os filhos da infâmia, e pensa no duro e insuportável que será para eles arder eternamente. São servos tão péssimos que ficarão sem herança, enquanto os bons filhos a receberão.
Mas talvez te perguntes: ‘Ninguém, então, há de pregar para eles? ’ Claro que sim!
Recorda que muito frequentemente as boas pessoas se misturam com os perversos e que os filhos adotivos, às vezes, se afastam dos bons como o filho pródigo que procurou uma terra distante e levou uma vida de perdição. Mas, às vezes, a pregação reverte sua consciência e eles voltam ao Pai e eu os aceito como antes de pecar. É assim que se deve pregar especialmente para eles porque, ainda que um pregador possa encontrar somente gente perversa ao seu redor, deve pensar em seu interior: ‘Talvez haja alguns entre eles que se tornarão filhos de meu Senhor. Por isso, pregarei para eles. Esse pregador será muito premiado’.
Em terceiro lugar, considera que aos malvados se lhes permite continuar vivendo como prova para os maus para que eles, exasperados pelos hábitos dos perversos, possam conseguir sua remuneração como fruto de sua paciência. Isto poderás entender melhor por meio de um exemplo. Uma rosa desprende um agradável aroma, é bela de se ver e suave para o tato, mas cresce entre espinhos que espetam se os tocar, são feios de se ver e não desprendem nenhum bom odor. Igualmente, as pessoas boas e retas, mesmo que possam ser agradáveis por sua paciência, belas por seu caráter e suaves por seu bom exemplo, no entanto não podem progredir, nem ser postas à prova a menos que estejam entre os malvados. O espinho é, às vezes, a proteção da rosa, de forma que ninguém a arranque em plena floração. Assim também, os malvados oferecem aos bons a ocasião de não segui-los no pecado quando, devido à maldade dos outros, os justos se controlam ante a ruína a que  os poderia levar uma imoderada alegria ou qualquer outro pecado. O vinho não mantém sua qualidade exceto entre excrementos e tampouco as pessoas boas e justas podem manter-se firmes e avançar para a virtude sem ser postas à prova mediante tribulações e sendo perseguidas pelos injustos. Por isso, suporta com alegria os inimigos de meu Filho (isto é os maus). Recorda que Ele é o Juiz e, se a justiça exigir que Ele os destrua por completo, acabaria com eles em um instante. Tolera-os, pois, tanto como Ele os tolera! ”



O que tiramos deste texto para a nossa vida:
  1. A nossa oração chega a Deus se a orarmos com contrição e até os malvados são alcançados quando se arrependem de suas maldades.
  2. A pessoa que vive com Deus é alegre, porque participa da glória de Deus.
  3. A pessoa  malvada é julgada por Deus e sofrerá as consequências de suas maldades. No entanto, pode ser que essa pessoa má seja uma pessoa que se misturou com os perversos (como o Filho Pródigo) se influenciando para o mal. A estas pessoas o nosso exemplo de bondade ou a nossa conversa falando dos valores cristãos, da palavra de Deus pode ajudá-las, no sentido de reverter as suas consciências e elas se voltarem a Deus.
  4. A pessoa que fala de Deus às pessoas e as ajuda a se voltarem para Deus, estas pessoas serão muito premiadas por Deus.
  5. Os malvados servem de provas para os bons, no sentido de não segui-los em suas maldades..., e assim servem para os bons a se prevenir contra o mal, e mantê-los imunes ao mal.
  6. As pessoas boas e justas, quando sofrem perseguições dos injustos, Deus as livra de outras tribulações para que elas avancem nas virtudes. [1]

[1] “Virtude, segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer o bem, e elas se aperfeiçoam com o hábito”. Estas são consideradas virtudes humanas, são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas. São quatro: prudência, justiça, fortaleza, temperança. A estas virtudes são acrescidas as virtudes teologais infundidas na pessoa por Deus, através do Espírito Espírito Santo no Batismo: a, a Esperança e Caridade.
Elas regulam os atos humanos, ordenam as paixões humanas e guiam a conduta humana segundo a razão e a fé. São conhecidas tambném como dons do Espírito Santo.
A prática dessas virtudes protege a pessoa contra tentações dos sete pecados capitais, que são: o orgulho, a inveja, a ira, a preguiça, a avareza, a gula, a luxúria.
 



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