Virtudes são atributos potenciais sensíveis e espirituais, de
fazer o bem. A pessoa virtuosa tende ao bem, procura-o e escolhe-o na prática,
transformando-o numa disposição estável, num hábito de vida. As virtudes permitem
à pessoa não somente a praticar bons atos, mas dar o melhor de si. Opõe-se ao
vício - que é o hábito do mal.
Virtudes naturais são talentos, dons naturais que se aperfeiçoam com o esforço da vontade. Por exemplo, a virtude de um bom pintor.
Virtudes sobrenaturais são as que, pela graça santificante, recebemos de Deus, tendo por fim nossa eterna salvação. Não dependem de nosso esforço - ao nos dar a graça, Deus as infunde em nossa alma. Devemos, porém, desenvolvê-las, que se manifestarão em firmeza de caráter, perfeições habituais da inteligência e da vontade que regulam os atos, ordenando as paixões e guiando segundo a razão e a fé. Estas propiciam facilidade, domínio e alegria.
Virtudes teologais (sobrenaturais)
são infusas... Vêm de Deus e nele têm seu objeto imediato. São a Fé, a Esperança e a Caridade.
Recebemo-las com a graça do Batismo, e, em maior abundância, com a da
Confirmação.
1.
Fé:
A fé ilumina o homem e dá sentido à sua vida.
Virtude
teologal é infusa (é recebida no Batismo), sobrenatural em seu princípio e seu
fim (Deus). "Não é uma busca, mas uma posse". "É um encontro da
alma com a Verdade de Deus". "Deus nos capacita a crer em Deus - não
círculo vicioso: é circulação de amor".
Através da Fé nós cremos em Deus Criador, que
é o Pai, no Deus Salvador, que é Jesus Cristo (o Filho) e no Deus Santificador,
que é o Espírito Santo. Cultivando a fé, compreendemos que o Altíssimo é uno e
trino e que tudo isso nos foi revelado nas Sagradas Escrituras. Cremos, então, que
Deus é a verdade.
A fé é mais do que crer, ela se traduz em ação,
porque ela age pelo amor (Gálatas 5,6) e o amor se verifica na experiência e
não apenas em sentimento. Ou seja, se eu tenho fé é sinal de que amo o objeto
da minha fé, que é Deus e meu desejo é agradá-Lo, senão a minha fé de nada
vale. São Tiago em uma carta, nos diz que "a
fé sem obras é morta" (Tg 2,26). Então a fé é um comprometimento com a
justiça de Deus, nos leva, portanto, a praticar a justiça em tudo que fazemos.
2.
Esperança: Seu
princípio é a graça, e Deus é o seu fim.
No
sentido amplo, é a expectativa de um bem que se deseja. Em sentido restrito,
aqui empregado, é virtude sobrenatural que nos dá firme confiança para
alcançarmos a felicidade eterna e obtermos os meios de consegui-la. Faz-nos
passar pelo mundo "como se não fôssemos do mundo" - sem nos prender a
ele.
O
demasiado apego a coisas mundanas, a sofreguidão na busca de prazeres, a busca
de soluções unicamente materiais para todos os problemas - tudo isso são sinais
de desespero. A Esperança - virtude cristã - leva-nos a "passar no mundo,
sem nos prender a ele; a pisar de leve, para não se prender no lodo; a possuir
como se não possuísse. Não se trata, pois, de esperar nos homens, mas de
esperar em Deus e com Deus. (Hb 10, 23; Tt 3, 6-7; I Ts 4, 13-18).
3. Caridade:
Caridade
é mais do que ofertar algo material é fazê-lo com amor e por amor a Deus.
É a maior das virtudes. (Leia-se a 1º. Epístola de
S. Paulo aos Coríntios, cap. 13). Romperá as portas da eternidade e para sempre
viverá. No Céu, a Fé será substituída pela visão de Deus; a Esperança, pela sua
posse - mas o Amor viverá eternamente.
A Caridade é a virtude teologal pela qual
nós amamos a Deus acima de tudo e o nosso próximo como a nós mesmos por amor a
Deus. Jesus faz dela o Novo Mandamento, a plenitude da Lei. Ela é o
vínculo perfeito e o fundamento das outras virtudes, que anima, inspira e
ordena. Sem ela, nada seríamos e nada alcançaríamos diante de Deus (CIC, §
1822-1829, 1844 e cf. Cl 3, 14; I Cor 13, 1-3).
Caridade é doar-se ao outro é compartilhar da dor e
da necessidade do outro. A caridade no amor é a virtude perfeita, porque é o
caráter de Deus.
Virtudes
morais (ou cardeais)
estão diretamente ligadas aos costumes. São comportamentos estáveis da
inteligência e da vontade, que se aperfeiçoam pelo hábito. Elas regulam os nossos atos, ordenam as nossas
paixões e orientam a nossa conduta em conformidade com a razão e a fé. Ligam-se
a Deus, de modo indireto. Podem ser naturais, isto é, que se alcançam por meios
naturais, ou sobrenaturais, pelo efeito da graça santificante, infundidas no
Batismo.
Dentre essas virtudes, destacam-se a Prudência,
Justiça, Fortaleza e Temperança. Todas as outras virtudes morais derivam-se
dessas quatro. Sem a prática dessas virtudes ninguém pode entrar na vida de
perfeição".
4.
Prudência:
A Prudência dispõe a razão a discernir,
em cada circunstância, o nosso verdadeiro bem e a escolher os meios adequados
para o pôr em prática. Ela guia as outras virtudes, indicando-lhes regra e
medida (CIC, § 1806, 1835 e cf. 1 Pd 4, 7).
A
Prudência sabe escolher meios, ajeitá-los ao fim que pretende. Aproveita a hora
propícia, o lugar acertado. Não dá passos errados. Nisso tudo, é virtude moral
natural.
Tornar-se-á sobrenatural quando, ainda fazendo isso mesmo, estiver iluminada pelo brilho da fé, auxiliada pelo concurso da graça, e referir tudo à meta suprema da eterna salvação. No Batismo a recebemos como virtude infusa - é fruto da graça recebida. Prudência não tem, pois, o sentido vulgar e mesquinho que, às vezes, lhe emprestam. É a virtude do reto agir. É racional e honesta. Justamente, é considerada como a "rainha das virtudes morais".
Encontram-se, na Prudência, três elementos:
Reflexão - O homem prudente pensa antes de agir - e o cristão, além disso, reza. Calcula os prós e contras, considera ensinamentos da experiência (própria e alheia).
Determinação - O homem prudente, depois de pensar, toma uma decisão. (As virtudes são correlatas. Aqui, a força interior, ou a fortaleza ajuda).
Realização - O homem ao examinar bem um assunto e decidir-se sobre ele. Só se torna um ato de Prudência quando realizado. (Também, aqui, entra o auxílio da fortaleza.)
Contra a Prudência, pode-se pecar por insuficiência ou por excesso.
No primeiro caso, há irreflexão (quando não se
pensa bem) ou descuido (quando não são empregados meios devidos para a realização
- tornando-a imprudente).
No segundo caso, encontra-se a astúcia - "máscara
da prudência", usada para fins repreensíveis é a prudência do século que,
absorvida por interesses materiais, esquece os objetivos espirituais. Liga-se a
um demasiado zelo pelo futuro (temporal) e consequente descuido pela vida
eterna.
Em nossos dias, sob diversos aspectos, é a
deturpação da Prudência que mais encontramos - apesar do aviso de Cristo: "Procurai, primeiro, o reino de Deus e
sua justiça, que tudo o mais vos será dado de acréscimo" (Mt 6,
25-33).
5.
Justiça: É
a virtude que nos leva a dar, a cada um, o que lhe é devido. Abrange todas as
nossas obrigações para com Deus e para com o próximo, isto é, a religião
inteira. Por isso é que, no Antigo Testamento, os homens virtuosos são chamados
de homens "justos". Não ignoravam os judeus que a justiça importa em
fidelidade a todos os preceitos da Lei.
Também Nosso Senhor tinha em mira este mesmo sentido, quando proclamou "bem –aventurados os que têm fome e sede de justiça, e por causa dela sofrem perseguições" (Mt 5, 6-10), e quando insiste, junto dos discípulos, para que se preocupem, antes de tudo, com o "reino de Deus e sua justiça" (Mt 6, 33).
6.
Fortaleza:
É a virtude que nos dá energia diante dos obstáculos da vida e dos que se
encontram dentro de nós mesmos. Aliás, para enfrentar bem aqueles é preciso,
primeiro, dominar estes. O orgulho, a cobiça, a sensualidade e outras
inclinações congêneres devem ser enfrentados com fortaleza – isso nos tornará mais
aptos, mais fortes diante das dificuldades externas da vida.
A Fortaleza assegura
a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem, chegando até a
capacidade do eventual do sacrifício da própria vida por uma causa
justa (CIC, § 1808, 1837 e cf. Sl 118, 4; Jo 16, 33).
7.
Temperança: É
a virtude que refreia o desejo dos gozos sensíveis, especialmente do gosto e
tato. Leva-nos a usar os bens temporais na medida em que servem de meio para
atingir os bens eternos. O prazer sensível não é mal, em si – o mal está na sua
procura desordenada e desvinculada do nosso verdadeiro fim.
Opõem-se à Temperança a gula e a impureza – que embrutecem, degradam, atingido o homem na alma e no corpo. A virtude da Temperança nos faz sóbrios e castos. Pelo exercício do autocontrole, leva-nos à contenção do orgulho – princípio de todo pecado – e, portanto, à prática da humildade – virtude fundamental, que a ele se opõe.
Opõem-se à Temperança a gula e a impureza – que embrutecem, degradam, atingido o homem na alma e no corpo. A virtude da Temperança nos faz sóbrios e castos. Pelo exercício do autocontrole, leva-nos à contenção do orgulho – princípio de todo pecado – e, portanto, à prática da humildade – virtude fundamental, que a ele se opõe.
A Temperança modera
a sedução dos prazeres, garante o domínio da vontade sobre os instintos e dá
capacidade de equilíbrio no uso dos bens criados (CIC, § 1809, 1838 e cf.
Eclo 5, 2).
As
virtudes teologais nos levam diretamente a Deus, as morais, indiretamente, também nos levam
a Ele. Por Seus Dons, o Espírito Santo nos ajuda neste caminho – caminho que
conduz ao Céu.
Estes dons são graças de Deus e, só com nosso esforço, não podemos fazer com que cresçam e se desenvolvam. Necessitam de uma ação direta do Espírito Santo para podermos atuar dentro da virtude e perfeição cristã.
Estes dons são graças de Deus e, só com nosso esforço, não podemos fazer com que cresçam e se desenvolvam. Necessitam de uma ação direta do Espírito Santo para podermos atuar dentro da virtude e perfeição cristã.
Estes 7 dons são mencionados por Isaías (Is 11, 3), referindo-se a Cristo – que
os tem em plenitude. É pelos méritos de Cristo que os recebemos do Espírito
Santo. Estes
dons tornam o homem dócil para seguir os impulsos do mesmo Espírito. Os sete
dons do Espírito Santo são: Sabedoria, Inteligência (ou Entendimento),
Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus. Os dons do Espírito
Santo são indispensáveis à santificação do cristão mesmo na vida cotidiana, e
não apenas para as grandes obras.
Nossa Senhora nos fala sobre os dons do Espírito
Santo: “Os
dons do Espírito Santo atuam em vocês de maneira diversa. Todos vocês os têm em
grau menor ou maior. Façam uso destes dons. Desenvolva-os em prol da ajuda ao
próximo. Agindo assim, estarão mostrando a todos a força vitalizadora de Deus
que existe em cada um de vocês. ”
“Rezo por vocês, meus queridos mensageiros da
verdade, para que façam dos dons do Espírito Santo um escudo protetor contra as
ciladas e investidas do demônio. ”
“Jesus falou a todos os pecadores, de todas as
raças e nações, e sobre todos mandou, em abundância, os dons do Espírito Santo.
”
http://www.espacomissionario.com.br/noticias-da-obra-missionaria/os-dons-do-espirito-santo-temor-de-deus.html
Conheça
o sentido de cada Dom:
1. Sabedoria
É o que nos dá o gosto das coisas divinas. Sábio é o que bem hierarquiza valores. O que coloca em primeiro lugar o que realmente está em primeiro lugar. Liga-se à maior de todas as virtudes – a Caridade – pois que a grande Sabedoria está no Amor.
Na
catequese sobre o dom da sabedoria o Santo Padre, o Papa Francisco diz esse dom
Vem da intimidade com o Senhor: “é a
graça de poder ver cada coisa com os olhos de Deus. Às vezes, vemos as coisas
de acordo com a conveniência ou de acordo com o nosso coração, com amor, com
ódio ou inveja. Este não é o olhar de Deus”. Ele nos ensina que a sabedoria
não nasce da inteligência ou do conhecimento que se adquire, mas da intimidade
com Deus, “de filhos com o Pai”. Permite ao filho perceber, intuir,
experimentar e saborear as coisas divinas, para poder julgá-las retamente, sem
olhar as coisas apenas de um ponto de vista, mas sim de maneira ampla. É esta
larga visão que faz as pessoas sábias, e é neste sentido que nos pode ajudar o
dom da Sabedoria. É o oposto à estreiteza de espírito.
O
que nos conduz à sabedoria?
Vejamos
algumas palavras da Mãe de Deus em seus diálogos com Raymundo Lopes a esse
respeito:
“Procurem, com sabedoria, sentir
a presença de Deus em toda a criação; se estiverem com o coração aberto a este
propósito, verão que Ele se mostra em tudo o que nos rodeia; e sobre tudo o que
é inacessível a nossos olhos, pela fé, Sua existência se confirma.
A maior sabedoria está na
humildade em aceitar, prontamente, os desígnios divinos. Não façam barreiras
neste propósito. Sejam tranquilos e transparentes, para que a força
vivificadora do Espírito Santo resida em cada um de vocês.
O maior dos sábios é aquele que
reconhece, em primeiro lugar, sua pequenez diante de tanta sabedoria, provinda
do Espírito de Deus sobre os homens, nos conduzindo segundo Sua vontade e,
humildemente, se deixa levar por ela. Muitos são os que conhecem a Palavra de
Deus, poucos são os sábios. ”
A
sabedoria não questiona a vontade de Deus, mas rende-Lhe graças.
2.
Inteligência ou
Entendimento
É o que nos leva a perceber a Verdade onde ela se encontra. Embora sem desvendá-los, ajuda-nos a aceitar os mistérios da Religião. É como que o instinto da Verdade. É o Dom que nos faz convictos. Liga-se à Fé.
O dom do entendimento ou inteligência nos
ajuda a penetrar no íntimo das verdades reveladas por Deus e entendê-las. Por
ele o cristão contempla os mistérios da fé. É um entendimento diferente daquele
que o teólogo obtém pelo estudo; o que é penoso e lento. O dom da inteligência
é eficaz mesmo sem estudo; é dado aos pequeninos e ignorantes, desde que tenham
grande amor a Deus.
É, uma graça que só o Espírito Santo pode infundir
e que suscita no cristão a capacidade de ir além do aspecto externo da
realidade e perscrutar as profundezas do pensamento de Deus e do seu plano de
salvação. Portanto, não está no nível da inteligência apenas, mas no nível da
experiência com Deus.
A aparente correlação do dom do e entendimento com
a sabedoria não significa que quem possui a sabedoria, já traga consigo o
entendimento por consequência (ou vice-versa). Existe uma clara distinção entre
um e o outro. Para exemplificar: há fiéis que entendem as contemplações do
Terço, mas o rezam por obrigação ou mecanicamente (possuem o dom do
entendimento). Há outros que, por sua simplicidade, nunca procuraram entender o
seu significado, mas o praticam com sabor, devoção e piedade, ignorando seu
vasto sentido (possuem o dom da Sabedoria). Assim como há aqueles que, mesmo
sem entender os preceitos da Igreja, permanecem fiéis aos seus ensinamentos;
sentem o sabor pelas coisas de Deus, e mesmo ignorando o vasto significado da
liturgia, dos dogmas, das orações, dão testemunho de intensa devoção e piedade.
Estão repletos de sabedoria, mas falta-lhes o entendimento, que se resume na
busca pela compreensão das coisas de Deus no seu sentido mais profundo.
O apóstolo Paulo descreve bem os efeitos deste dom
em nós, Paulo diz isso: “Coisas que os
olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is
64, 4) tais são os bens que Deus tem
preparado para aqueles que o amam. Todavia, Deus no-las revelou pelo seu
Espírito” (1 Cor 2,9-10)
O próprio Jesus disse aos seus discípulos: eu vos enviarei o Espírito Santo e Ele vos
fará entender tudo aquilo que eu vos ensinei.
O dom do Entendimento nos leva, também, a conhecer
aquilo que vai no coração e na mente das pessoas. O Padre Pio era um sacerdote
que tinha o dom do Entendimento. Ele servia-se do seu dom para ajudar muitas
almas. Quando algum penitente ia ter com o Padre Pio e, por esquecimento ou
timidez, escondia este ou aquele pecado, o Padre Pio lembrava-lhe: “Falta-te este pecado que cometeste duas ou
três vezes”. Isto ele fazia unicamente para o bem do penitente.
3.
Conselho
É o dom do discernimento. Em situações difíceis.
Faz-nos reconhecer e encontrar a vontade de Deus. Lembra juízo e bom senso.
Liga-se à Prudência.
É o
senso do que convém. Ver as alternativas e prever as consequências. Saber
aconselhar-se e aconselhar. Este dom permite à alma o reto discernimento e santas
atitudes em determinadas circunstâncias. Nos ajuda a sermos bons conselheiros,
guiando o irmão pelo caminho do bem. O dom do Conselho, dado pelo Espírito
Santo, não é inconveniente, interesseiro, não aconselha segundo a conveniência
pessoal, mas somente para o bem da pessoa. Este dom constitui uma preciosidade,
pois alerta-nos para os erros que cometemos ou soluções que necessitamos.
Hoje,
mais do que nunca está em foco a educação dos jovens e adolescentes, e todos
reconhecem também a importância do ensino para a perfeita formação da criança.
As dificuldades internas e externas, materiais e morais, muitas vezes passam
pelo dom do Conselho, sem disto nos apercebermos. É uma responsabilidade,
portanto, cumprir a vontade de Deus que destinou o homem para fins superiores,
para a santidade. Para que possamos auxiliar o próximo com pureza e sinceridade
de coração, devemos pedir a Deus este precioso dom, com o qual O glorificaremos
aos mostrarmos ao irmão as lições temporais que levam ao caminho da salvação. É
sob a influência deste ideal que a mãe ensina o filhinho a rezar, a praticar os
primeiros atos das virtudes cristãs, da caridade, da obediência, da penitência,
do amor ao próximo.
Ouçamos nossa Mãe Querida:
“A Igreja de Cristo deve ser, para vocês, a rocha
inabalável, onde se alicerça o caminho da salvação. Em cima da segurança dessa
rocha, quando os ofenderem por causa de minhas mensagens, procurem mostrar, com
caridade, a quem os ofende, o caminho do Céu, através delas.
Procedam com resignação e carinho e não façam alarde
dessa ofensa. Se os escutarem, estarão, com paciência, conquistando almas ao
Céu. Caso contrário, se nesse primeiro contato não obtiverem sucesso, insistam,
estando com vocês outras pessoas, para que deem testemunho do que sentiram com
minhas palavras e sinais. Se isso for inútil, mostrem-lhes, na trilha da
Igreja, o ponto em que tanto insisto: que vivam as palavras de Jesus contidas
no Evangelho. Se, depois de tudo isso, continuarem sofrendo a barreira da
indiferença, tratem-nos iguais, porque corações endurecidos pela descrença
serão sempre estranhos ao Sagrado Coração de Jesus e à vitória do meu Coração
Imaculado.
Deus, em Sua infinita misericórdia, saberá, no
tempo certo, usando do Seu critério divino, colocar-se diante deles, para que a
fé vença a descrença reinante na terra. ”
A Mãe de Deus nos prepara e nos conduz para
colocarmos em prática o Dom do Conselho: “Rezem pela Igreja e ofereçam-se como
voluntários nestes tempos difíceis, em que a barca de Pedro, varrida pelo vento
contrário, continua sua viagem ao encontro de Jesus, sem vacilar naquilo que
defende como princípios cristãos a serem observados sem condicionamento. Sejam
a luz do mundo, com os ensinamentos de Jesus contidos no Evangelho e com o que
lhes falo, porque tudo isto é para ser colocado à disposição de todos, e não
escondido, como se fossem palavras sem vida e sem importância. ”
4.
Fortaleza
A fortaleza dá-nos energia para superar
obstáculos a fim de cumprir a vontade de Deus. É o Dom que Maria teve no mais
alto grau quando, de pé, no Calvário, assistiu à morte de seu Filho. Foi o Dom
de S. João Nepomuceno, preso e torturado com ferro em brasa, por não revelar um
segredo de confissão. É ligado à virtude do mesmo nome.
Pelo
dom da Fortaleza o Espírito Santo nos dá a coragem necessária para a luta
diária contra nós mesmos, nossas paixões e problemas, com paciência,
perseverança, coragem e silencio. Nos dá forças além das naturais. Esta força
divina transforma os obstáculos em meios e nos dá a paz mesmo nas horas mais
difíceis.
Por
essa virtude, Deus nos propicia a coragem necessária para enfrentarmos as
tentações, vulnerabilidade diante das circunstâncias da vida e também firmeza
de caráter nas perseguições e tribulações causadas por nosso testemunho cristão
diante do mundo.
Como podemos nos
fortalecer?
Vejamos algumas
palavras da Mãe de Jesus a esse respeito:
“Meus Filhos
está disponível a vocês. Aproveitem esta graça! Eu também estarei junto para
fortalecê-los, mas somente através da oração isto é possível. Estou aqui e
sempre estarei para que vocês, filhos queridos, tenham força e audácia para
abraçar, com amor, a causa da justiça e da conversão sem limites. Quantos males
podem ser evitados através da força propulsora do amor.
Inicia-se uma
nova etapa, que deve ser encarada com otimismo cristão e acompanhada de muita
oração. Somente deste modo arma-se e fortalece-se o espírito contra as
fraquezas da matéria, e pode-se almejar construir algo de bom, alicerçado na
obediência aos princípios básicos das Leis de Deus.
Esforcem-se a
uma libertação de hábitos fúteis, para que Eu possa lhes proporcionar um maior
contato com o Céu. Observem como Eu lhes dirijo através destas mensagens;
encontrarão nelas o alimento bom e saudável para estarem fortes nesta tarefa.
Agarrem-se bem
à disciplina, não a deixem nunca, porque ela é a força de vocês. Meus filhos
amados, observem isto. Eu lhes garanto: caminharão sem tropeçar. Eu os quero
muito e desejo que sintam minha presença constante. ”
Por que necessitamos da fortaleza?
“O Altíssimo permitiu minha
Assunção ao Céu, para a glória do seu Nome na terra. Desejo que saibam disso,
para que, fortificados, enfrentem a força satânica que assola a terra, para
tirá-los do convívio da felicidade eterna. ”
A força vitalizadora de Deus
“Farei estabelecer em toda a terra uma grande
corrente de espiritualidade. Para isto é necessário que peçam e recebam o
Espírito Santo e, fortificados por Ele, possam fazer barreira à onda maligna da
incredulidade que ameaça escravizar o mundo. ”
5. Ciência
Com o dom da Ciência, somos capazes de discernir e
descobrir a vontade do Senhor em todas as coisas e julgar tudo ao nosso redor
de acordo com a perspectiva divina. O dom da Ciência é, geralmente, chamado de
“a ciência dos santos”, porque permite que aqueles que o possuem rapidamente
diferenciem os impulsos e tentações das inspirações da graça. Este dom nos
torna capazes de aperfeiçoar a inteligência, onde as verdades reveladas e as
ciências humanas perdem a sua inerente complexidade; nossas habilidades com as
coisas acentuam-se progressivamente em determinadas áreas, conforme nossas
inclinações culturais e científicas, sempre segundo os desígnios divinos, mesmo
que não nos apercebamos disso. Todo o saber vem de Deus.
O dom da Ciência permite ao homem perceber e
sentir, através da natureza e dos acontecimentos do dia-a-dia, a presença e a
linguagem de Deus. Quem possui o dom da Ciência consegue louvar a Deus olhando
para as belezas da natureza, para a beleza de um jardim, das montanhas, da água
do mar, do céu azul, das estrelas. Através da natureza, a alma lê e louva o seu
Deus, agradecendo-lhe enquanto observa uma linda flor. Em vez de ficar fixo
apenas na beleza da flor, louva o autor da criação, louva o Criador.
Ouçamos a Mãe de Deus:
“A lógica serve muito bem para usos práticos de
todos os tipos, mas não para uma realização pessoal mais profunda. Para o
conhecimento e a percepção daquilo que não se explica pela razão, o caminho é a
fé e a interiorização. É um caminho aberto a qualquer um; no entanto, é necessário
querer segui-lo para que as portas do infinito se abram e conheçam o
extraordinário.
Jesus, ao se transfigurar diante de testemunhas,
quis dar prova de Sua divindade, para que possamos ter consciência do Seu
poder, e deixou que essas testemunhas tivessem contato com a eternidade.
Eu os conscientizei, dando-lhes como sinal o meu escudo; ensinei-os, com Jesus, a unirem nossos Corações em prol da Igreja, e lhes mostrei como chamar sobre vocês o Espírito Santo. ”
Eu os conscientizei, dando-lhes como sinal o meu escudo; ensinei-os, com Jesus, a unirem nossos Corações em prol da Igreja, e lhes mostrei como chamar sobre vocês o Espírito Santo. ”
6. Piedade
É uma graça de Deus na alma, que proporciona
salutares frutos de oração e práticas de piedade ensinadas pela Santa Igreja.
Inspira compaixão pelo sofrimento alheio; sentimento de ternura, obediência,
admiração e afeto com relação a Deus como Pai. Este dom propicia, também, ter
na devida conta e apreço o valor da vida e tudo o que a mantém e suporta.
Nos dias de hoje, considerando a população mundial,
há poucas, muito poucas pessoas que acham prazer em ser devotas e piedosas; as
poucas que o são, tornam-se geralmente alvo de desprezo ou escárnio de pessoas
que têm outra compreensão da vida. Realmente, é grande a diferença que há entre
um e outro modo de viver. Resta saber qual dos dois satisfaz mais à alma, qual
dos dois mais consolo lhe dá na hora da morte, qual dos dois mais agrada a Deus.
Não é difícil acertar a solução do problema. Num mundo materialista e distante
de Deus, peçamos a graça da Piedade, para que sejamos fervorosos no cumprimento
das Escrituras.
O dom da Piedade inclina o cristão à oração, ao
louvor, à adoração, à contemplação; leva o cristão a sentir gosto pela oração,
sentir desejo e gosto de estar com Deus, gosto em rezar e em falar com Deus
através da oração.
O dom da Piedade faz com que a pessoa não se canse
de rezar e se sinta bem a rezar. Através deste dom, Deus vai revelando aspectos
espirituais que muitos não percebem.
A alma
piedosa tem mais luzes e percebe melhor as coisas a nível espiritual. Aquele
que não reza não percebe, não entende e não vê porque não lhe é permitido ver.
Alerta-nos
a Santa Senhora:
“Não
adianta proclamarem-se piedosos, se cometem a todo instante o pecado da
maledicência. Vocês estarão iludindo a si mesmos, e tudo que testemunharem será
sem importância no Céu. ”
7.
Temor
de Deus
É
o temor de desagradar ao Bem Supremo. Teme-se por amor, e este amor nos faz
cautelosos, e nos dá equilíbrio.
O dom
do temor de Deus nos leva a amá-Lo tão profundamente que tenhamos receio
de ofendê-Lo.
O
dom do temor de Deus por estar ligado à virtude da humildade, que nos faz
conhecer nossa miséria, impede a presunção e a vã glória, e assim, nos torna
conscientes de que podemos ofender a Deus; daí surge o santo temor de Deus. Ele
se liga também à virtude da temperança; combate a concupiscência e os impulsos
desordenados do coração, para não ofender e magoar a Deus.
Teme
a Deus quem procura praticar os seus mandamentos com sinceridade de coração.
Como nos diz as Escritura, devemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus, e tudo
o mais nos será dado por acréscimo.
Por este divino dom, torna-se
Deus a pessoa mais importante em nossa vida, onde a alma docemente afasta-se do
erro pelo temor em ofendê-lo com o pecado.
O Temor de Deus é um grande dom, pois leva o homem
a fazer tudo para não perder a graça de Deus, o Seu amor e a Sua presença. Por
isso, o Temor de Deus é o princípio da sabedoria, como diz o salmo 111.
A
Bela e Serena Senhora, a nossa mãe do céu nos fala:
“A maior graça contida no carinho de Deus para com
a humanidade provém do Espírito Santo. Somente através d'Ele é possível
entender as coisas do Céu e os constantes sinais de Deus para com os homens.
Rogo então a Deus, Pai da Glória, que conceda a vocês o Espírito Santo da
Sabedoria e da Revelação, para bem o conhecerem. A brutalidade, a violência e o
desamor afastam este entendimento. A misericórdia Divina não aceita como os
homens fazem uso destes artifícios demoníacos e ignoram o amor Divino. ”
“Somente Deus é poder, e é bom que reconheçam isto
em suas vidas, para bem administrarem os bens terrenos, que por Sua vontade
lhes foram entregues. Obedecendo a este princípio básico, reconhecerão a
supremacia de Deus sobre as coisas da terra. Poderão, então, criar uma
sociedade justa, estruturada e bem fundamentada no amor ao próximo. ”
Conclusão
Tanto
Maria, como Jesus, em Suas aparições tem falado repetidas vezes que estamos
vivendo o tempo da Misericórdia, mas um dia não teremos mais esta fonte, não
que ela acabará, mas o tempo se esgotará. Então, quem colheu, colheu, quem não
colheu não terá mais tempo de colher.
Maria diz que: Para
que entremos no céu é preciso que estejamos em luz sobre a terra e estaremos em
luz sobre a terra quando o Espírito Santo verdadeiramente se tornar viva a
presença em nós.
O convite do céu é para que
caminhemos em estado de graça. E para caminharmos na graça precisamos dos dons
que Deus nos dá e dá a todos, mas é preciso que “desejemos” e caminhemos nesse
sentido. Aquele que não quer mudar de vida significa que não aceita a vontade
de Deus e não quer receber a graça de Deus. Isto depende unicamente de cada um
de nós. Mas devemos aceitar o tempo que Deus está nos dando, para amadurecermos
na fé e estar em condições de merecer a graça.
É necessário que renovemos o
nosso batismo para estarmos em sintonia com o Espírito Santo. Quando a pessoa
recebe o Espírito Santo ela, imediatamente se encanta pela vida, explode de
alegria porque está recebendo o amor de Deus, vivendo o Mistério da Santíssima
Trindade em si. É o fato mais grandioso
que não tem palavras para definir do quando é maravilhoso ter a Santíssima
Trindade em si.
Vejamos
o que nos diz a Mãe de Jesus:
“A Palavra de
Jesus será, nestes tempos, mais do que nunca, a Luz que os conduzirá pelos
caminhos ao encontro da inteligência maior, que é Deus. Eu os desejo
inteligentes com minhas mensagens, pois são luzes do Céu contra os enganosos
brilhos da terra. Percebam bem que expresso nelas uma condição: que sirvam
apenas a um Senhor, pois é impossível dividir essa tarefa entre dois reinos.
Como usar a inteligência? “Fazendo uso do intelecto, cairá a névoa que embaça
os olhos de vocês ao mirarem o mal que os envolve e a seus filhos, podendo,
desta forma, guiá-los à luz de Cristo. É necessário que conheçam o Evangelho,
porque nele Jesus nos deixou a ideia mais inteligível e nítida que Deus quer
que tenhamos d’Ele. ” Rezemos: “Eu Te
dou graças, Senhor do Céu e da terra, porque escondeste Tua grandeza aos
orgulhosos, aos sábios e aos que se dizem entendidos do que desejas, e
permitiste que os humildes e os que praticam verdadeiramente a Tua vontade
tivessem acesso às Tuas maravilhas. ”
Fala-nos sobre o entendimento. “Deus quis que entendêssemos Sua existência por meio da criação.
Vocês precisam refletir e entender o sentido da palavra 'aliança de amor',
quando ela provém da vontade do Pai em lhes proporcionar a chance de participar
de Sua glória. Deus, em Sua infinita bondade, condicionou esta aliança num ato
de amor que ultrapassa o entendimento de vocês. Saber distinguir entre o bem e o mal e ter forças para conduzir
suas vidas no sentido contrário à desordem moral é uma centelha do Espírito de
Deus, manifestado pela graça de Sua misericórdia em ajudá-los. O que lhes falo
tem que ser compreendido em sua essência. Tem que ser vivido, caso contrário
nada tem sentido. Não descuidem do que lhes falo. Procurem entender as
mensagens celestes e sigam-nas. É o único caminho para que Deus os ouça. A maior graça contida no carinho de Deus
para com a humanidade provém do Espírito Santo. Somente através dele é possível
entender as coisas do Céu e os constantes sinais de Deus para com os homens.
Rogo então a Deus, Pai da Glória, que conceda a vocês o Espírito Santo da
Sabedoria e da Revelação, para bem O conhecerem. A brutalidade, a violência e o
desamor afastam este entendimento. A misericórdia Divina não aceita como os
homens fazem uso destes artifícios demoníacos e ignoram o amor Divino. Rezem
para que esta graça permaneça na face da terra. ” Qual é a substância básica do
entendimento das coisas divinas? “O amor
ao próximo é a substância básica do entendimento das coisas divinas. Somente
através da simplicidade, provinda de um coração entregue a Deus, é que, o que
falo é entendido em sua substância, e pode produzir frutos. Libertem-se dos
grilhões do orgulho, da luxúria, da mentira e de toda sorte de enganosas
artimanhas diabólicas, para que possam entender meus sinais. ” Como
entender as coisas do Céu? “Rezem,
conversem com o Céu, para obterem de Deus a misericórdia do entendimento.
Abandonem-se nos braços de Deus, repudiando o pecado, para que possam entender,
em sua essência, o que significa seguir Jesus sem restrições. ”
As
citações de Maria são parte dos diálogos com Raymundo Lopes, link a baixo:
http://www.jesusahumanidade.com.br/virtudes-cardeais-e-teologais.html
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