Primeira
Leitura: Efésios 6,10-20
Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu
soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais
resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e
sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os
príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal
(espalhadas) nos ares. Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que
possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso
dever. Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo
vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão
para anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo, embraçai o escudo da
fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai,
enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de
Deus. Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda
circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica
por todos os cristãos. E orai também por mim, para que me seja dado
anunciar corajosamente o mistério do Evangelho, do qual eu sou
embaixador, prisioneiro. E que eu saiba apregoá-lo publicamente, e com
desassombro, como é meu dever!
Salmo
143
De Davi. Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestra minhas
mãos para o combate, meus dedos para a guerra; meu benfeitor e meu
refúgio, minha cidadela e meu libertador, meu escudo e meu asilo, que submete a
mim os povos. Que é o homem, Senhor, para cuidardes dele, que é o filho do
homem para que vos ocupeis dele? O homem é semelhante ao sopro da
brisa, seus dias são como a sombra que passa. Inclinai, Senhor, os
vossos céus e descei, tocai as montanhas para que se abrasem, fulminai o
raio e dispersai-os, lançai vossas setas e afugentai-os. Estendei do alto
a vossa mão, tirai-me do caudal, das mãos do estrangeiro, cuja boca
só diz mentiras e cuja mão só faz juramentos falsos. Ó Deus,
cantar-vos-ei um cântico novo, louvar-vos-ei com a harpa de dez
cordas. Vós que aos reis dais a vitória, que livrastes Davi, vosso
servo; salvai-me da espada da malícia, e livrai-me das mãos de
estrangeiros, cuja boca só diz mentiras e cuja mão só faz juramentos
falsos. Sejam nossos filhos como as plantas novas, que crescem na
sua juventude; sejam nossas filhas como as colunas angulares esculpidas, como
os pilares do templo. Encham-se os nossos celeiros de frutos
variados e abundantes, multipliquem-se aos milhares nossos rebanhos, por
miríades cresçam eles em nossos campos; sejam fecundas as nossas
novilhas. Não haja brechas em nossos muros, nem ruptura, nem
lamentações em nossas praças. Feliz o povo agraciado com tais bens,
feliz o povo cujo Deus é o Senhor.
Evangelho: Lucas 13,31-35
No mesmo dia chegaram alguns dos fariseus, dizendo a Jesus: Sai e vai-te daqui, porque Herodes te quer matar. Disse-lhes ele: Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida. É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados de Deus, quantas vezes quis ajuntar os teus filhos, como a galinha abriga a sua ninhada debaixo das asas, mas não o quiseste! Eis que vos ficará deserta a vossa casa. Digo-vos, porém, que não me vereis até que venha o dia em que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor!
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