A UNIÃO E A SEPARAÇÃO MATRIMONIAL - Comentário pessoal sobre o Evangelho Marcos 10, 1-12

Comentário pessoal sobre o Evangelho Marcos 10, 1-12

A UNIÃO E A SEPARAÇÃO MATRIMONIAL

Seguir Cristo exige de nós um esforço em exercitarmos o perdão nos nossos relacionamentos e, principalmente na relação diária com o nosso parceiro, esposo ou esposa. Por isso é necessário nos tornarmos mais maleáveis para superar a dureza de coração a que somos inclinados. Para que a relação perdure é preciso ainda estar aberto ao novo do outro que vai se desvendando aos poucos e exercer o diálogo a fim de remover os obstáculos que podem impedir uma convivência saudável. O ser humano tem fascínio pelo belo e a relação desgastada perde a beleza interior sendo que a beleza externa pode ser facilmente substituída. Muitas vezes um dos cônjuges busca fora o que não consegue mais viver dentro da relação, mas nem sempre desejam a separação. Por isso é preciso se renovar sempre a fim de buscar alternativas que possam superar as desigualdades e os deslizes que venham a acontecer.

Cada ser humano é um universo, e por ser diferente, na relação a dois, há necessidade de buscar um no outro os pontos que possam compatibilizar a relação, mesmo que pensem diferentemente. É importante ponderar sempre e conversar, antes de tomar decisões precipitadas e, sempre considerar os interesses da família já que os dois se uniram para formarem uma família.

Quando se decide pela separação da família, sempre vai pairar uma nuvem cinzenta sobre a vida dos dois, mesmo trilhando outros caminhos, porque em todo fragmento sempre existirão os remanescentes que são como cinzas a pairar nas mentes de cada um.

Contudo, há situações em que a relação não é mesmo possível. Aí devemos entender que a pretensa união foi um ato decidido impensadamente. Muitas vezes as pessoas pensam em solucionar um problema presente, achando que o casamento é a solução, mas sem pensar nas diferenças intransponíveis que existe em tal união. Com o tempo acabam por viverem uma relação de fachada que tornam os dois infelizes. Deus não quer para nenhum dos seus filhos uma vida infeliz e sempre que se decidem para recomeçar uma nova vida, separados um do outro, a Misericórdia de Deus vem em auxílio de quem necessita dela. Por isso, para aquele que não consegue viver sozinho, Deus coloca uma pessoa para ajudá-lo a seguir o seu caminho feliz. E para quem consegue viver sem a companhia de alguém Deus dá o contentamento em outros prazeres, para que tenha uma vida feliz.

Mas, devemos saber que Deus conhece o coração e as ações das pessoas e há uma infidelidade que torna a pessoa adúltera e a impede de receber as dádivas de Deus: a traição deliberada que é a fornicação. Esta, em diversas partes das Escrituras Sagradas é tida como um pecado que ofende, terrivelmente, a Deus. Uma coisa é a pessoa se envolver emocionalmente devido a fatores provocados pela relação desgastada e decidir pela separação antes do envolvimento sexual com outra pessoa, outra coisa é a pessoa deliberadamente, se envolver sexualmente com outra pessoa fora do casamento.

Não importa que sejamos a favor ou contra o divórcio no casamento. Nas relações humanas o divórcio sempre estará rondando, como fruto de nossos desajustes e insensatez, sem que se vá até o fundo e esgotar todas as possibilidades de restabelecer um convívio pacífico. Somos, por natureza infiéis, basta nos perceber em ação para vermos como agimos egoisticamente a nosso favor. E quando somos egoístas, excluímos qualquer outro, até Deus.

O importante é saber que a Deus nada é oculto e está presente em tudo o que nos acontece, e até em nossas incontinências desenfreadas, que não as concupiscências, Deus sempre se presencia nos oferecendo novas alternativas afim de encontrarmos a felicidade.

Ame a Deus acima de tudo e busque a Sua presença em orações para receberem o discernimento e o conforto em qualquer situação. Não se esqueça: DEUS É O NOSSO PAI QUE JESUS NOS FEZ CONHECER. SEGUINDO A JESUS JAMAIS NOS SENTIREMOS EXCLUÍDOS, SOMOS TODOS FILHOS DE UM PAI QUE É ETERNO, QUE NÃO NOS ABANDONA NUNCA — DEUS.

                                                                                                                                                    Geovani