UMA CELEBRAÇÃO NECESSÁRIA TAMBÉM PARA LEMBRAR QUE TODOS PRECISAMOS BUSCAR POR SANTIDADE, PORQUE SÓ OS SANTOS PARTICIPARÃO DA VIDA ETERNA
Diz o Catecismo da Igreja Católica: “Todos os fiéis cristãos, de
qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição
da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o
vosso Pai celeste é perfeito’ (Mt 5,48)”.
Cada cristão carrega dentro de si o dom da santidade dado
por Deus, como diz a Carta de São Paulo aos Efésios: “Deus nos escolheu em Cristo,
antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus
olhos” (Ef 1,4).
O culto aos santos por parte dos cristãos remonta aos
primeiros séculos, começando pelos mártires. Ao viver essa tradição, a Igreja
convida cada um a contemplar essas pessoas, exemplos de fé, esperança e
caridade, e lançar o olhar ao Alto.
“Hoje estamos imersos com o nosso espírito entre esta grande
multidão de santos, de salvos, os quais, a partir do ‘justo Abel’, até a quem
neste momento talvez esteja a morrer em qualquer parte do mundo, nos fazem
coroa, nos dão coragem, e cantam todos juntos um poderoso coro de glória Aquele
a quem os Salmistas chamam justamente ‘o Deus meu Salvador’ e ‘o Deus que é a
minha alegria e o meu júbilo’”, afirmou São João Paulo II em uma data como esta
de 1980.
A Solenidade de Todos os Santos foi instaurada como
consequência da Grande Perseguição do Imperador Diocleciano, no princípio do
século IV, pela grande quantidade de mártires causados pelo poder romano.
O Papa Gregório III a fixou para 1º de novembro no século
VIII, como resposta à celebração pagã do “Samhain” ou ano novo celta, celebrada
na noite de 31 de outubro. Mais tarde, Gregório IV estenderia esta festividade
a toda a Igreja.
A Solenidade de Todos os Santos antecede o Dia de Finados, 2
de novembro, data que recorda aqueles que já estão salvos, mas que ainda
precisam ser purificados. São os que morreram sem ainda estar em estado de
graça, mas não estavam em pecado mortal, e precisam passar pela purificação,
para entrar definitivamente no céu. A igreja do Brasil transfere esta celebração,
para o primeiro domingo depois do dia primeiro.
Ao celebrar esta data em 2014, o Papa Francisco indicou como
devem ser vividos esses dois dias: com esperança, seguindo os exemplos dos
santos.
“Esta é a esperança que não cria desilusão. Hoje e amanhã são dias de
esperança. A esperança é como o fermento que faz ampliar a alma. Mas também
existem momentos difíceis na vida, mas com a esperança, a alma vai adiante.
Olha o que te espera”, disse.
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