Hoje tivemos a grata satisfação, eu e o Gê meu marido, de vivermos a experiência do serviço como voluntários, no atendimento às vítimas da catástrofe da qual Petrópolis foi um dos alvos. O Vale do Cuibá sofreu uma tremenda devastação e muitas perdas humanas, porém a fé mantém a esperança de quem ficou de pé. A solidariedade das pessoas também é um fato marcante nesse momento. Os voluntários formam um grande mutirão humano de pessoas estranhas uma a outra, que se tornam amigas quase íntimas nessa convivência de apenas um dia e é como se fossem sempre assim, amigos uns dos outros.
É mesmo de uma grandeza sem igual o servir aos outros. Um gesto singular, que faz tão feliz a quem serve. Nesses momentos podemos perceber que um pequeno gesto de amor toma uma grande dimensão e nos torna leves, leves de nós mesmos. Por alguns instantes, deixamos de ser nós mesmos e somos o outro. Eu nunca havia pensado que deixar de ser "eu" e ser o "outro" me tornasse tão leve de mim mesma e em como nos tornamos pesados prá nós mesmos quando ficamos ensimesmados.
Tudo isto me faz lançar o olhar sobre o acontecimento mais incrível de nossas vidas: Cristo. Ele deixou esse exemplo do serviço aos irmãos no gesto de lavar os pés dos discípulos e nos mostrou o Pai que até então era um desconhecido para a maioria dos humanos, e, ainda nos deixou o Espírito Santo, fonte de luz e de sabedoria para nós mortais nos possibilitando também a eternidade. Que extraordinária comunidade: Pai, Filho e Espírito Santo, que sem interferir em nossas escolhas nos servem dia e noite, estando nós onde e como estivermos.
Por isso me atrevo a dizer que é para isso que fui feita. Se o ato de servir o outro, sem esperar nada em troca, me faz tão bem e assim agindo sou tão feliz é porque Ele assim pensou primeiro quando me fez colocando em mim essa forma de me realizar e ser contente, quando sirvo o outro.
15/01/2011
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