Primeiro Leitura:

Hoje nós podemos comparar isso a algumas ações que praticamos e que embora, não nos façam nenhum mal, podem tumultuar e confundir a cabeça das pessoas desavisadas levando-as a retrocederem na fé por não possuírem ainda um amadurecimento espiritual. Quando nós compreendemos isso, somos capazes de renunciar a alguma ação que nos é agradável, só por amor, para não confundir os que têm a consciência fraca. Assim sendo, quando nós renunciamos ao “beber”, ao “comer”, ao contar histórias “engraçadas” (piadas), aos comentários jocosos, nós o fazemos por amor e para edificação do reino de Deus. Por isso, São Paulo nos ensina: “se um alimento é ocasião de queda para meu irmão, nunca mais o comerei para não escandalizá-lo”.
Salmo:
Evangelho:
Se, colocarmos de um lado, as instruções de Jesus neste Evangelho, e do outro lado, as concepções que o mundo prega, com certeza, nós perceberemos que existe um fosso enorme separando as duas vertentes. Por isso, quando nós ouvimos Jesus falar coisas como: amar os nossos inimigos, fazer o bem aos que nos odeiam ou bendizer aos que nos amaldiçoam; rezar pelos que nos caluniam e dar a outra face depois de tomar uma bofetada; entregar a túnica quando alguém já nos tomou o manto, etc., nós nos apavoramos e achamos que Ele nos propõe andarmos na contra mão do mundo. Jesus veio desbaratar a teia do inimigo que tenta nos infligir uma doutrina de morte que nos instrui a nos posicionar uns contra os outros lançando fora a virtude da caridade que Deus nos conferiu.
A chave para que possamos compreender o que Jesus veio nos ensinar está justamente, nessa expressão: “O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles.” Quando nos colocamos no lugar do outro, quando nos envolvemos com o outro indivíduo, nós podemos compreender as suas motivações e assim, também, perdoar, compreender, acolher.
Depois também Jesus nos faz outras indagações para a nossa reflexão: qual a recompensa que nós teremos se fizermos o bem só a quem nos fizer o bem? Quais os méritos que teremos se amarmos somente a quem nos ama? Se emprestarmos dinheiro, somente a quem nos pode pagar nós não estaremos fazendo por amor, mas sim, por conveniência; Jesus ainda nos adverte: “sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus”. Finalmente, Ele nos dá a dica para que sejamos misericordiosos como o Pai é misericordioso: não julgar, porque assim também não seremos julgados; não condenar, para que também não sejamos condenados; perdoar para que sejamos perdoados; dar para poder então, receber. Enfim, com a mesma medida com que nós medimos os outros, nós seremos também medidos.
Parte desse comentário é extraído de uma reflexão de
Helena SErpa, Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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