Devemos dar
mais atenção ao nosso coração ao tomar “qualquer” decisão em nossa vida. Digo
isto porque quase sempre ao fazermos nossas escolhas acabamos por gastar nossas
energias em coisas que nem sempre nos leva à felicidade. Os desejos de bem: de
felicidade, de justiça, de amor, são
desejos comuns à toda a raça humana. Esses desejos foram impregnados em nós,
fazem parte da nossa essência. Foram colocados em nós pelo Criador como imagem
Dele. Essa imagem e semelhança é que dá humanidade ao humano. Ele assim nos
fez, com sua imagem e semelhança para nos valorizar, do contrário seríamos
desumanos, um verme talvez, igual à outra criação da natureza. Mas Deus nos
humanizou, nos valorizou, nos engrandeceu doando-nos a sua
essência.
Já que somos assim tão valorosos por Deus por quê
não nos valorizarmos também? Mas como podemos nos dar o devido valor que já o
possuímos? Como podemos avaliar se estamos nos dando o devido valor que temos?
Amando-nos a nós mesmos, mas acima de tudo amando Àquele que nos amou primeiro,
porque nos valorizou primeiramente. O amor a nós mesmos está condicionado a Ele
primeiro, porque é Ele que nos revela a nós mesmos. Deus não pretende cativar
nossa atenção nos pedindo que o ame em primeiro lugar não. Ele não precisa
disso, pois Ele se basta, nós é que precisamos amá-Lo, porque é a partir da
nossa abertura a esse amor que nos habilitaremos a amar a nós mesmos e aos
outros.
Então, preste atenção ao coração. Preste atenção ao
desejo de bem do coração para não fazer escolhas que vá contra a esse desejo de
bem. Fazer escolhas que são contra a esse desejo de bem é trair a si próprio e
principalmente, trair a Deus que colocou esses desejos no nosso coração. Por
isso, quando eu traio eu tenho que me reconciliar com Deus, porque preciso ser
perdoado. Eu necessito ser perdoado para eu voltar a ser feliz. Existe uma nuvem
negra que paira no ar e impede de sermos felizes por completo, uma nuvem que só
Deus é capaz de tirar, mas precisa que eu reconheça o meu erro, a minha
traição. Engana-se quem pensa que traição só acontece de uma pessoa para a
outra. A traição, como disse, primeiramente é contra si próprio porque faz com
que a pessoa fique confusa, e na confusão vai sendo desfigurada até o ponto de
não se reconhecer.
Portanto, a única forma de sermos felizes por completo
é sempre, antes de uma escolha, perguntar ao coração: isto que vou fazer é o que
eu desejo para minha vida? Se assim estou agindo, isto me liberta, eu me sinto
livre agindo assim? A liberdade produz na pessoa uma agradável sensação de
leveza, é assim que eu me sinto? Se a resposta for não, não perca tempo, volte
atrás e mude o rumo, tomando a decisão que vai proporcionar essa libertação. A
vida, vida mesmo, vida feliz, depende disso. E isto vale em qualquer
circunstância e também para as nossas escolhas materiais. Às vezes estamos tão
preocupados em nos assegurarmos de um futuro feliz, que nos lançamos avidamente
na busca de coisas materiais a acabamos por não viver o presente. Não digo que
seja errado nos assegurarmos de alguns bens importantes para a nossa vida, mas
isto deve estar focado no presente e não num futuro, que é incerto por sua
natureza. Não coloquemos tantos fardos em nossas costas com vistas no futuro,
vivamos o presente, senão corremos o risco de não vivermos o presente nunca e,
quando nos envelhecermos, vamos estar frustrados por nunca termos tido presente.
O nosso olhar para o presente deve ser de gratidão sempre, pois, como o próprio
significado da palavra presente é uma dádiva, uma graça.
Não se esqueça, é no coração que está o grande
segredo da felicidade. Porque Deus nos fala através de nossos desejos humanos de
bem. O que temos de fazer é obedecer aos desejos do coração.
Geovani - 18/12/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário