Mãe é feliz quando é livre, porque a liberdade carrega consigo a
felicidade plena
Há momentos na vida em que experimentamos uma liberdade plena. E neste
Dia das Mães eu experimentei isto. Eu penso que Deus nos fez livres, não só
para fazermos o que queremos, mas para termos a chance de podermos fazer
escolhas, só nossas, ditadas pelo coração. O coração é o termômetro de Deus
dentro de nós, pois é nele que está a nossa sensibilidade, nossos desejos mais
íntimos, desejos bons, desejos de vida. O contrário, qualquer desejo que não
seja bom, não é do coração, porque são influências externas que nos faz cobrar
e desejar o mal.
Pois bem, os desejos de bem ditados pelo coração, se os conseguirmos realizar, nos faz sentir livres e experimentarmos momentos de plenitude.
Pois bem, os desejos de bem ditados pelo coração, se os conseguirmos realizar, nos faz sentir livres e experimentarmos momentos de plenitude.
A cada dia firma em mim a certeza de que somos frutos de uma educação
que recebemos, com exemplos de vida, por isso não posso deixar de agradecer à
minha mãe que, com muita sabedoria deixou a nós seus filhos um legado que é
capaz de perpetuá-la. Dentre os muitos exemplos que ela deixou quero falar de
um que demonstrava o quanto ela era livre, porque se deixava guiar pelo coração.
Estou me lembrando aqui de um, quando eu era ainda bem jovem (19 anos). Era Natal, enquanto as pessoas queriam se reunir na intimidade familiar,
preparar a ceia, amigo oculto, ou mesmo ir à Missa do Galo etc., minha mãe fez
algo diferente.
Alguns meses antes do Natal minha mãe começou os preparativos e nós, os filhos também nos envolvemos ajudando no que podíamos, sem saber os reais objetivos dela. Ela
comprou alguns tecidos em promoção numa loja da cidade e começamos a fazer
roupas de criança de todas as idades, dizia que pretendia dar de presente a
uma família pobre. Não sabíamos de que família falava, mas depois viemos a saber: era uma família com muitos
filhos (o pai era uma pessoa pobre, afilhado de
minha mãe que ela viera a saber estava em extrema pobreza, tinha oito filhos, o maior nove anos).
Naquele Natal fizemos uma viagem com o meu irmão que acabara de conseguir carteira de motorista. Fomos numa região rural que ficava a um 200 km de onde morávamos. Levávamos roupas novas, a maioria de meninos. Quando chegamos a casa pudemos observar a miséria em que vivia aquela família. As crianças nos pareciam barrigudinhas e estavam todas nuas e descalças, porque não tinham roupas para vestir nem calçados. Minha mãe abriu a mala e tirou uma peça para ver em quem daria. Nunca esqueci aquela cena: uma criança de mais ou menos dois anos raquítica, ao ver minha mãe segurando um short, instintivamente, levantou uma das pernas. Olhamos-nos e nosso olhar encontrou o da minha mãe que, num ímpeto, mas como brincadeira ou força de expressão disse à mãe das crianças: vocês tem tantos filhos, poderiam me dar um?! Ficamos surpresos quando a mãe, mesmo sem considerar o pai disse, pode levar, pode escolher entre os meninos, porque a menina eu só tenho ela, a caçula e tem apenas oito meses. Bem, não fomos ali para adotarmos uma criança, mas ela estava sendo-nos disponibilizada. Agora tínhamos uma tarefa mais do que difícil, escolher entre sete meninos um para levarmos conosco. Acabamos escolhendo aquele que levantou uma das pernas quando minha mãe expôs o short. Minha mãe já havia criado seis filhos sem o pai, porque meu pai morrera quando eu tinha sete anos e agora teríamos mais um irmão que passou a ser o caçula da nossa família.
Naquele Natal fizemos uma viagem com o meu irmão que acabara de conseguir carteira de motorista. Fomos numa região rural que ficava a um 200 km de onde morávamos. Levávamos roupas novas, a maioria de meninos. Quando chegamos a casa pudemos observar a miséria em que vivia aquela família. As crianças nos pareciam barrigudinhas e estavam todas nuas e descalças, porque não tinham roupas para vestir nem calçados. Minha mãe abriu a mala e tirou uma peça para ver em quem daria. Nunca esqueci aquela cena: uma criança de mais ou menos dois anos raquítica, ao ver minha mãe segurando um short, instintivamente, levantou uma das pernas. Olhamos-nos e nosso olhar encontrou o da minha mãe que, num ímpeto, mas como brincadeira ou força de expressão disse à mãe das crianças: vocês tem tantos filhos, poderiam me dar um?! Ficamos surpresos quando a mãe, mesmo sem considerar o pai disse, pode levar, pode escolher entre os meninos, porque a menina eu só tenho ela, a caçula e tem apenas oito meses. Bem, não fomos ali para adotarmos uma criança, mas ela estava sendo-nos disponibilizada. Agora tínhamos uma tarefa mais do que difícil, escolher entre sete meninos um para levarmos conosco. Acabamos escolhendo aquele que levantou uma das pernas quando minha mãe expôs o short. Minha mãe já havia criado seis filhos sem o pai, porque meu pai morrera quando eu tinha sete anos e agora teríamos mais um irmão que passou a ser o caçula da nossa família.
Estou citando este exemplo de minha mãe para
que conheçam uma pessoa que se deixava guiar pelo coração e por isso era livre.
Quantas mães no dia de hoje, mesmo sendo um dia
dedicado a elas, fazem o que os filhos decidem por elas. Os filhos querem
transformar este dia em um dia feliz para suas mães, mas sequer perguntam o que
as faz feliz, são eles que decidem isto. Por isso as levam nos restaurantes,
para que elas descansem nesse dia e é um grandioso gesto. Mas será que no fundo
do coração é isto que elas mais querem? A maioria das mães já está acostumada a
fazer o que os filhos querem e isto já é o bastante para se sentirem felizes.
Todavia, sequer se perguntam sobre os seus reais desejos ocultos, porque em toda a sua vida só fizeram o que a necessidade se impunha, e
as necessidades da família, principalmente a dos filhos, sempre esteve em primeiro
lugar, ela mesma sempre lhe atribui o último lugar, por isso nem pensa em si
mesma.
Bem, o legado que minha mãe deixou pelo seu
exemplo, eu tenho a chance de passar a meus filhos, por isso eduquei-os de
forma livre e respeitando a liberdade do outro. E devido a isso estou
tremendamente grata hoje, primeiramente a Deus, à minha mãe que me ensinou a
viver, e a meus filhos que me deixam
escolher e me acompanham em minhas escolhas, com liberdade de poderem se
manifestar e se manifestam me acompanhando.
Meus filhos decidiram fazer o almoço hoje pra
mim, fizeram um churrasquinho numa churrasqueirinha elétrica que temos, por isso
tive um tempo de escrever pela manhã.
Após o almoço visitamos um asilo, para abraçar e conversar com uns velhinhos. Não levamos nada material apenas o nosso carinho, mas pudemos saber do que precisam para fazermos uma campanha e atendê-los em suas necessidades, na verdade o nosso contato com os internos foi bem superficial por que estavam no horário de refeição, pois estava um dia muito frio e precisavam se recolher mais cedo. Durante esta semana fizemos uma campanha para adquirir fraudas descartáveis e materiais de limpeza para aquele asilo que existe através de doações. Não foi grande coisa, mas me deixou muito feliz, não precisamos de grandes coisas para sermos felizes, o coração não precisa de grandes coisas.
Quero manifestar aqui, que eu não sou uma
pessoa especial, nem meus filhos são pessoas especiais. Somos exatamente como a
todo mundo. Os meus filhos também desejariam me levar a um bom restaurante para
comermos do bem e do melhor, e em outros anos já fizemos isto. Todos os filhos
querem o melhor para as suas mães e fazem o possível para realizar os seus
desejos, basta que elas se manifestem. O que determinou hoje foi um desejo
manifestado o qual os filhos acataram e foi um dia muito feliz para todos.
Geovani
12/05/2013
Esta é a minha mãezinha que já partiu para a liberdade e felicidade eterna:
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