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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

ELEIÇÕES DE 2014





O Maior Desafio dos Brasileiros
Nós estamos vivendo um momento importante e muito sério de nossa existência, como cidadãos brasileiros e responsáveis pelo destino do nosso país. A realidade que ai está exige de nós empenhar os sentidos de nossa inteligência e sermos mais criteriosos na escolha da pessoa que vai dirigir o país nos próximos anos.
 Devemos estar cientes de que, por trás de cada candidato está, primeiramente, a ideologia partidária do partido ao qual pertence e que é o mentor, o que precede o que está à frente em suas decisões, para  não ser incoerente com os interesses desse partido. Além disso, para a sua base de sustentação são feitas coligações, e, muitas delas desconhecidas de toda a sociedade, porque são feitas em surdina, apenas para interesses imediatos eleitoreiros, que negociam os seus interesses particulares, colocando o Estado em posição de subalternidade a forças “ocultas” que impedem avanços sociais que possam contemplar a maioria da população indefesa. São entidades que tem poder e representatividade que diferem dos interesses da maioria dos brasileiros. Grande parte dos brasileiros  necessitados da aparelhagem do Estado para serem assistidos em suas carências,  não estão organizados pela própria diversidade, que lhes impedem se organizarem, por isso precisam da tutela de um Estado forte que represente os seus interesses. Sabemos, no entanto, que a duras provas temos tido algum avanço, mas ainda estamos longe de fazer cumprir a Constituição de 1988, no que se refere a Direitos Sociais.
Tenho mais de sessenta anos e votei pela primeira vez em um Presidente da República quando já tinha mais de trinta anos. Confesso que a democracia brasileira só deu passos qualitativos e teve um olhar sobre o ser humano e suas necessidades, com o empenho de uma liderança de oposição forte que fez acontecer a nova Constituição de 1988. Essa constituição foi um grande avanço, principalmente no que se refere a direitos sociais, mas os direitos que garantem a constituição só começaram a ser implementados de forma efetiva a partir do novo século, com a ascensão de Lula, do Partido dos Trabalhadores ao poder, que a mídia insiste em estigmatizar de partido dos corruptos. Porém sabemos que a corrupção é inerente do ser humano e se configura sempre quando colocamos os nossos interesses pessoais em jogo, portanto, é fruto do egoísmo humano e está presente em todos os partidos, porque todos usam o poder em benefício próprio. Está prá nascer um ser humano que não vise a seus próprios interesses acima dos interesses dos outros, e quando há muitos interesses em jogo sempre favorece aquele que é mais contundente em seu discurso, na hora de reivindicar seus interesses.
Sinto-me bastante preocupada com os rumos que a política brasileira está tomando e mais preocupada ainda, com as eleições. A insatisfação com a Direção da Dilma está evidente na maioria das pessoas deste país, no entanto não consigo ver no candidato Aécio uma mudança que traga benefícios ao país e continue a avançar nas políticas sociais que precisam ainda ser implementadas para que parte da população excluída no passado possa não só continuar a ser incluída, mas a contar com a aparelhagem do Estado para fazer frente à geração de emprego efetivo e possibilitar renda para serem protagonistas do seu próprio destino.
Vejo, com muita amargura certos benefícios como o “Bolsa-Família” ser colocado como vilão, e certos políticos o usam como algo desprezível que propicia ou incentiva a malandragem ao invés de cumprir ao que se destina que é apenas o mínimo para “matar a fome”. Só é possível entender isso quem já viveu ou assistiu a fome de perto, não há nada mais cruel do que a fome quando a dispensa está completamente vazia. Assim, o Bolsa-Família é uma insignificância pelo que ele representa economicamente ao Estado, mas garante pelo menos que não se morra de fome. As pessoas que criticam o Bolsa-Família deveriam ir mais fundo em suas críticas e se informarem mais sobre as condições para ser participante desse benefício e não fazerem julgamento precipitado. As classes pobres e as excluídas desse país tem alcançado graças ao governo do PT, alguns degraus na sociedade, pelo menos o direito de sonhar com o futuro, como estudar em escolas de nível superior para melhorar o nível econômico de suas famílias. É fato que o Brasil, a partir de 2002 superou, e muito, os vinte anos anteriores de democracia. Os anos oitenta foram marcados por uma inflação galopante que obrigou o governo Sarney a taxar os preços de certos produtos alimentícios e o país se transformou em um caos, os produtos sumiam das prateleiras dos supermercados por não poderem oferecê-los ao preço taxado pelo governo. A hiperinflação chegou a atingir índices de mais de 80% no início dos anos 90. É verdade que o controle da inflação nos anos 90 foi um legado de Fernando Henrique Cardoso, mas não podemos esquecer que foi a duras custas. Quando, no final do seu mandato FHC entregou o país endividado, com o FMI batendo em nossas portas e controlando a nossa vida, um alto índice de desemprego, o maior da história do Brasil, apesar da venda a estrangeiros de empresas rentáveis como a mineradora Vale do Rio Doce e ainda abriu as portas do país a empresas estrangeiras para pesquisar o solo brasileiro e concedeu alguns privilégios a empresas estranhas ao país para sondagem o solo que pertence ao povo brasileiro.
Para manter o emprego FHC se valeu de medidas que fizeram com que o trabalhador perdesse direitos adquiridos, com a justificativa de propiciar às empresas contratarem mais pessoas, com a terceirização da mão de obra, com perdas significativas dos direitos trabalhistas até então conquistados, e ainda criou o famoso  “Fator Previdenciário” para dificultar as aposentadorias. É bem verdade que o PT continuou com o fator previdenciário, mas em contrapartida concedeu alguns benefícios para fazer frente a ele que são a farmácia popular, com os remédios a preços baixíssimos, cursos para inserção de idosos visando a melhorar a sua renda, etc.  
Me lembro também, do tratamento que era dado aos manifestantes que eram contrários, como o MST e outros movimentos que eram tratados como delinquentes e era comum serem assassinados em locais onde se manifestavam em nome de legítima defesa do patrimônio.
É devido ao que aconteceu quando o PSDB governava o país que estou muito apreensiva com o futuro do povo brasileiro. Vejo o candidato Aécio com o mesmo discurso do FHC, parece uma encarnação de FHC até no seu modo arrogante de falar e zombeteiro de sorrir, como se fossem eles os únicos que sabem fazer política econômica. Podem observar como eles (PSDB) tem a melhor equipe, as pessoas mais inteligentes, e como diz o Aécio, são os únicos que oferecem as condições de governabilidade ao país, como se governar fosse fácil.
Vamos retornar a experiência da eleição de 2002, quando o PSDB, apelou para o preconceito e repetia insistentemente que "OU O JOSÉ SERRA SE ELEGIA, OU SERIA O CAOS, O LULA SERIA UMA CATÁSTROFE" (palavras de Fernando Nogueira Costa, professor da UNICAMP). Bem, a história já escreveu este capítulo e sabemos que as afirmações do PSDB eram de fundo preconceituoso e expressava a ideologia das classes empresariais capitalistas, que se sentiam ameaçadas com a possibilidade da esquerda tomar o poder. Bem, a ideologia é algo perigoso porque expressa a ideia de alguém ou de um grupo e quem se prende a uma ideologia, corre o risco de não enxergar a realidade tal como ela é.
Não vejo um futuro promissor para o Brasil se considerar as forças que interagem mundialmente. O cenário econômico é péssimo e tende a piorar se considerarmos que nossos parceiros comerciais se encontram em séria crise, haja vista os EUA e a Europa estar em baixa em seu crescimento e até a China, que desde a década de 1990 vem crescendo, está sendo atingida e no ano de 2014 está decaindo e pensa-se não atingir os níveis previstos, mas diga-se de passagem a China é a parte podre do sistema econômico mundial porque não há transparência nos dados que o governo chinês permite que o mundo saiba, portanto, é possível que as coisas estejam pior por lá.
Com o cenário mundial desfavorável os nossos especialistas em política econômica terão o desafio de reinventar uma economia mais independente e que não falte o necessário para os brasileiros, o país volte a crescer, e os nossos milhões de excluídos possam deixar de ser números, tratados como “coisa”, e dar seguimento ao que foi começado com o PT, e privilegie essa classe que tem os mesmos direitos como qualquer um de nós, de sonhar com um futuro mais promissor, afinal, o nosso país pertence a todos os brasileiros e não a apenas alguns privilegiados que conseguem adentrar ao ensino superior, concluir o curso universitário e concorrer a um trabalho digno. Esclareço, no entanto que os privilégios às classe mais empobrecidas da sociedade dos quais estou falando já estão sendo implementados com a possibilidade de participarem do ensino superior. Isto é oferecer igualdade de oportunidade, e é a única forma de diminuir as desigualdades.
Observem as mudanças estruturais, que o país está construindo no governo da Dilma, benéficas para o povo brasileiro, mas os seus frutos só vão ser colhidos no futuro, veja a estrutura das construções civis que estão sendo realizadas em função do pré-sal. São milhares de empregos no presente e investimentos que só vamos ver seus resultados no futuro. Temos ainda o exemplo das melhorias nos aeroportos e estádios que aconteceu em função da copa do mundo e das Olimpíadas em 2016. São investimentos que estão aí e eram necessários e contemplam a todos os brasileiros. Portanto, não foi dinheiro jogado fora como muitos dizem.
Eu assisti e fomos vítimas de políticas equivocadas dos governos Collor e FHC.  Milhares de empresas sofreram falência e mais de 3 milhões de pessoas desempregadas, o maior índice de desemprego em toda a história do Brasil. Fernando Henrique Cardoso, então presidente do PSDB deixou o governo do Brasil com a produção e o emprego desestruturados e a nação desmontada com as suas privatizações. Foi assim que FHC entregou o país ao Lula do PT.
A partir de Lula começou-se a reconstruir a nação. A reconstrução precisa tempo para sentir os seus efeitos, e é isso que a Dilma tem ousado em seu governo, e procurado contemplar parcelas excluídas da população. É claro que está exigindo o sacrifício de alguns, principalmente da classe média a qual pertenço. Mesmo pagando um imposto alto e reclamando, sinto os efeitos desse sacrifício em melhorias na sociedade, poucas, mas importantes, algumas emergentes como o Bolsa-Família; vemos famílias pobres com baixos salários que sequer podiam sonhar em ter casa própria, hoje ter o seu canto para viver. No campo são milhares de famílias assentadas que vivem de forma independente. Embora tenha havido uma redução dos assentamentos no governo Dilma, o presidente do INCRA afirma que há um diferencial considerável nos assentamentos realizados por Dilma, pois tem em vista combinar quantidade e qualidade, convertendo os assentamentos em comunidades rurais autônomas integradas, incluindo políticas de investimentos e qualificação dos assentamentos.

No final dos anos noventa meu marido, ficou desempregado, devido à falência de uma grande empresa a qual prestava serviços havia mais de 11 anos, falência essa causada por políticas equivocadas dos governos anteriores. Foram dez meses sem trabalho e renda e nossas dívidas se acumulavam e foi bem difícil conseguir um novo trabalho, apesar da experiência comprovada em carteira. Desde que o PT assumiu o poder nunca mais ficou desempregado, porque sempre que isso ocorria tinha oferta de trabalho. Mesmo querendo ser imparcial nesse artigo, não posso, simplesmente porque não é justo negar a realidade, como não é justo a ingratidão, como diz o ditado, “cuspir no prato que come”. Mesmo pagando um imposto de renda o  mais alto, não nos fez falta, faço parte de uma família que prosperou, pelo menos pudemos possibilitar aos nossos filhos estudar em uma escola federal e garantir-lhes um futuro promissor. Quantas pessoas impossibilitadas de sequer sonhar com a universidade, hoje já se formaram e podem proporcionar às suas família um conforto merecido e sonhar com o futuro e torná-lo realidade?
Temos que ter o ouvido mais atento para as promessas de campanha que coloquem em discussão, por exemplo, o combate a inflação. Não se consegue combater a inflação de uma hora para a outra sem comprometer o emprego e a renda. Veja o exemplo de FHC, combateu a inflação, mas o desemprego assumiu índices assustadores. A busca pelo consumo é uma prova de que o poder de compra da população está em alta, e isto tende a aumentar os preços, porém, se tenta cortar isso a curto prazo pode comprometer os salários diminuindo o poder de compra, mas isso não é saudável. É preferível em um tempo mais longo aumentar a oferta, e para isso precisa-se de incentivar a indústria e a geração de emprego e renda. Esta é uma opinião de uma pessoa leiga, mas é coerente porque tem a consciência que pode ajudar o país a se desenvolver sem comprometer o emprego, mas precisa de um tempo maior para se colher os resultados.
Vejo no discurso do Aécio um amontoado de palavras que visam apenas a fazer e manter a mesma fala, como uma retórica capciosa cujo sentido é atingir o povo brasileiro na sua falta de educação política, passando a impressão de que a Dilma é um monstro. Até a sua propaganda política de hoje, dia 10/10/2014, mostram imagens do debate falsas. Eu posso dizer porque assisti ao debate e a imagem da  Dilma que ele mostra do seu lado é uma imagem que mostra a Dilma em um momento desfavorável, com um casaco vermelho, quando, na verdade ela se vestia de um casaco branco no dia do debate e estava bem serena.
Este artigo visa mostrar verdades. Não faço campanha para a Dilma, peço apenas que aprendam a votar sem serem influenciados por pessoas cujo interesse é poder por poder. Procurem ler sobre os dois candidatos, os valores que eles defendem, mas não o que é mostrado nas propagandas, procurem os meios confiáveis, o seu passado e o que fizeram de concreto quando tiveram a oportunidade de liderar na causa do povo.
Geovani
10/10/2014




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