O
Maior Desafio dos Brasileiros
Nós
estamos vivendo um momento importante e muito sério de nossa existência, como
cidadãos brasileiros e responsáveis pelo destino do nosso país. A realidade que
ai está exige de nós empenhar os sentidos de nossa inteligência e sermos mais
criteriosos na escolha da pessoa que vai dirigir o país nos próximos anos.
Devemos estar cientes de que, por trás de cada
candidato está, primeiramente, a ideologia partidária do partido ao qual pertence
e que é o mentor, o que precede o que está à frente em suas decisões, para não ser incoerente com os interesses desse partido.
Além disso, para a sua base de sustentação são feitas coligações, e, muitas
delas desconhecidas de toda a sociedade, porque são feitas em surdina, apenas
para interesses imediatos eleitoreiros, que negociam os seus interesses
particulares, colocando o Estado em posição de subalternidade a forças “ocultas”
que impedem avanços sociais que possam contemplar a maioria da população indefesa.
São entidades que tem poder e representatividade que diferem dos interesses da
maioria dos brasileiros. Grande parte dos brasileiros necessitados da aparelhagem do Estado para
serem assistidos em suas carências, não
estão organizados pela própria diversidade, que lhes impedem se organizarem,
por isso precisam da tutela de um Estado forte que represente os seus interesses.
Sabemos, no entanto, que a duras provas temos tido algum avanço, mas ainda
estamos longe de fazer cumprir a Constituição de 1988, no que se refere a
Direitos Sociais.
Tenho
mais de sessenta anos e votei pela primeira vez em um Presidente da República
quando já tinha mais de trinta anos. Confesso que a democracia brasileira só
deu passos qualitativos e teve um olhar sobre o ser humano e suas necessidades,
com o empenho de uma liderança de oposição forte que fez acontecer a nova Constituição
de 1988. Essa constituição foi um grande avanço, principalmente no que se
refere a direitos sociais, mas os direitos que garantem a constituição só
começaram a ser implementados de forma efetiva a partir do novo século, com a ascensão
de Lula, do Partido dos Trabalhadores ao poder, que a mídia insiste em
estigmatizar de partido dos corruptos. Porém sabemos que a corrupção é inerente
do ser humano e se configura sempre quando colocamos os nossos interesses pessoais
em jogo, portanto, é fruto do egoísmo humano e está presente em todos os
partidos, porque todos usam o poder em benefício próprio. Está prá nascer um
ser humano que não vise a seus próprios interesses acima dos interesses dos
outros, e quando há muitos interesses em jogo sempre favorece aquele que é mais
contundente em seu discurso, na hora de reivindicar seus interesses.
Sinto-me
bastante preocupada com os rumos que a política brasileira está tomando e mais
preocupada ainda, com as eleições. A insatisfação com a Direção da Dilma está
evidente na maioria das pessoas deste país, no entanto não consigo ver no candidato
Aécio uma mudança que traga benefícios ao país e continue a avançar nas
políticas sociais que precisam ainda ser implementadas para que parte da população
excluída no passado possa não só continuar a ser incluída, mas a contar com a
aparelhagem do Estado para fazer frente à geração de emprego efetivo e possibilitar
renda para serem protagonistas do seu próprio destino.
Vejo,
com muita amargura certos benefícios como o “Bolsa-Família” ser colocado como
vilão, e certos políticos o usam como algo desprezível que propicia ou incentiva
a malandragem ao invés de cumprir ao que se destina que é apenas o mínimo para “matar
a fome”. Só é possível entender isso quem já viveu ou assistiu a fome de perto,
não há nada mais cruel do que a fome quando a dispensa está completamente vazia.
Assim, o Bolsa-Família é uma insignificância pelo que ele representa economicamente
ao Estado, mas garante pelo menos que não se morra de fome. As pessoas que
criticam o Bolsa-Família deveriam ir mais fundo em suas críticas e se informarem
mais sobre as condições para ser participante desse benefício e não fazerem julgamento
precipitado. As classes pobres e as excluídas desse país tem alcançado graças
ao governo do PT, alguns degraus na sociedade, pelo menos o direito de sonhar
com o futuro, como estudar em escolas de nível superior para melhorar o nível
econômico de suas famílias. É fato que o Brasil, a partir de 2002 superou, e
muito, os vinte anos anteriores de democracia. Os anos oitenta foram marcados
por uma inflação galopante que obrigou o governo Sarney a taxar os preços de
certos produtos alimentícios e o país se transformou em um caos, os produtos
sumiam das prateleiras dos supermercados por não poderem oferecê-los ao preço
taxado pelo governo. A hiperinflação chegou a atingir índices de mais de 80% no
início dos anos 90. É verdade que o controle da inflação nos anos 90 foi um
legado de Fernando Henrique Cardoso, mas não podemos esquecer que foi a duras
custas. Quando, no final do seu mandato FHC entregou o país endividado, com o
FMI batendo em nossas portas e controlando a nossa vida, um alto índice de
desemprego, o maior da história do Brasil, apesar da venda a estrangeiros de
empresas rentáveis como a mineradora Vale do Rio Doce e ainda abriu as portas
do país a empresas estrangeiras para pesquisar o solo brasileiro e concedeu
alguns privilégios a empresas estranhas ao país para sondagem o solo que
pertence ao povo brasileiro.
Para
manter o emprego FHC se valeu de medidas que fizeram com que o trabalhador
perdesse direitos adquiridos, com a justificativa de propiciar às empresas
contratarem mais pessoas, com a terceirização da mão de obra, com perdas
significativas dos direitos trabalhistas até então conquistados, e ainda criou
o famoso “Fator Previdenciário” para
dificultar as aposentadorias. É bem verdade que o PT continuou com o fator
previdenciário, mas em contrapartida concedeu alguns benefícios para fazer
frente a ele que são a farmácia popular, com os remédios a preços baixíssimos, cursos
para inserção de idosos visando a melhorar a sua renda, etc.
Me
lembro também, do tratamento que era dado aos manifestantes que eram contrários,
como o MST e outros movimentos que eram tratados como delinquentes e era comum
serem assassinados em locais onde se manifestavam em nome de legítima defesa do
patrimônio.
É
devido ao que aconteceu quando o PSDB governava o país que estou muito
apreensiva com o futuro do povo brasileiro. Vejo o candidato Aécio com o mesmo
discurso do FHC, parece uma encarnação de FHC até no seu modo arrogante de
falar e zombeteiro de sorrir, como se fossem eles os únicos que sabem fazer política
econômica. Podem observar como eles (PSDB) tem a melhor equipe, as pessoas mais
inteligentes, e como diz o Aécio, são os únicos que oferecem as condições de
governabilidade ao país, como se governar fosse fácil.
Vamos
retornar a experiência da eleição de 2002, quando o PSDB, apelou para o preconceito e repetia insistentemente que "OU O JOSÉ SERRA SE ELEGIA, OU SERIA O CAOS, O LULA SERIA UMA CATÁSTROFE" (palavras de Fernando Nogueira Costa, professor da UNICAMP). Bem, a história já escreveu este capítulo e sabemos que as afirmações do PSDB
eram de fundo preconceituoso e expressava a ideologia das classes empresariais capitalistas, que se sentiam ameaçadas com a possibilidade da esquerda tomar o poder. Bem, a
ideologia é algo perigoso porque expressa a ideia de alguém ou de um grupo e quem se prende a uma ideologia, corre o risco de não enxergar a realidade tal como ela é.
Não
vejo um futuro promissor para o Brasil se considerar as forças que interagem mundialmente.
O cenário econômico é péssimo e tende a piorar se considerarmos que nossos
parceiros comerciais se encontram em séria crise, haja vista os EUA e a Europa
estar em baixa em seu crescimento e até a China, que desde a década de 1990 vem
crescendo, está sendo atingida e no ano de 2014 está decaindo e pensa-se não
atingir os níveis previstos, mas diga-se de passagem a China é a parte podre do
sistema econômico mundial porque não há transparência nos dados que o governo chinês
permite que o mundo saiba, portanto, é possível que as coisas estejam pior por
lá.
Com
o cenário mundial desfavorável os nossos especialistas em política econômica
terão o desafio de reinventar uma economia mais independente e que não falte o
necessário para os brasileiros, o país volte a crescer, e os nossos milhões de
excluídos possam deixar de ser números, tratados como “coisa”, e dar seguimento
ao que foi começado com o PT, e privilegie essa classe que tem os mesmos
direitos como qualquer um de nós, de sonhar com um futuro mais promissor,
afinal, o nosso país pertence a todos os brasileiros e não a apenas alguns
privilegiados que conseguem adentrar ao ensino superior, concluir o curso
universitário e concorrer a um trabalho digno. Esclareço, no entanto que os
privilégios às classe mais empobrecidas da sociedade dos quais estou falando já
estão sendo implementados com a possibilidade de participarem do ensino
superior. Isto é oferecer igualdade de oportunidade, e é a única forma de
diminuir as desigualdades.
Observem
as mudanças estruturais, que o país está construindo no governo da Dilma,
benéficas para o povo brasileiro, mas os seus frutos só vão ser colhidos no
futuro, veja a estrutura das construções civis que estão sendo realizadas em
função do pré-sal. São milhares de empregos no presente e investimentos que só
vamos ver seus resultados no futuro. Temos ainda o exemplo das melhorias nos
aeroportos e estádios que aconteceu em função da copa do mundo e das Olimpíadas
em 2016. São investimentos que estão aí e eram necessários e contemplam a todos
os brasileiros. Portanto, não foi dinheiro jogado fora como muitos dizem.
Eu
assisti e fomos vítimas de políticas equivocadas dos governos Collor e FHC. Milhares de empresas sofreram falência e mais
de 3 milhões de pessoas desempregadas, o maior índice de desemprego em toda a
história do Brasil. Fernando Henrique Cardoso, então presidente do PSDB deixou
o governo do Brasil com a produção e o emprego desestruturados e a nação
desmontada com as suas privatizações. Foi assim que FHC entregou o país ao Lula
do PT.
A
partir de Lula começou-se a reconstruir a nação. A reconstrução precisa tempo
para sentir os seus efeitos, e é isso que a Dilma tem ousado em seu governo, e
procurado contemplar parcelas excluídas da população. É claro que está exigindo
o sacrifício de alguns, principalmente da classe média a qual pertenço. Mesmo
pagando um imposto alto e reclamando, sinto os efeitos desse sacrifício em
melhorias na sociedade, poucas, mas importantes, algumas emergentes como o
Bolsa-Família; vemos famílias pobres com baixos salários que sequer podiam
sonhar em ter casa própria, hoje ter o seu canto para viver. No campo são milhares
de famílias assentadas que vivem de forma independente. Embora tenha havido uma redução dos assentamentos no governo Dilma, o
presidente do INCRA afirma que há um diferencial considerável nos assentamentos
realizados por Dilma, pois tem em vista combinar quantidade e qualidade, convertendo
os assentamentos em comunidades rurais autônomas integradas, incluindo
políticas de investimentos e qualificação dos assentamentos.
No final dos anos noventa meu marido, ficou desempregado, devido à falência de uma grande empresa a qual prestava serviços havia mais de 11 anos, falência essa causada por políticas equivocadas dos governos anteriores. Foram dez meses sem trabalho e renda e nossas dívidas se acumulavam e foi bem difícil conseguir um novo trabalho, apesar da experiência comprovada em carteira. Desde que o PT assumiu o poder nunca mais ficou desempregado, porque sempre que isso ocorria tinha oferta de trabalho. Mesmo querendo ser imparcial nesse artigo, não posso, simplesmente porque não é justo negar a realidade, como não é justo a ingratidão, como diz o ditado, “cuspir no prato que come”. Mesmo pagando um imposto de renda o mais alto, não nos fez falta, faço parte de uma família que prosperou, pelo menos pudemos possibilitar aos nossos filhos estudar em uma escola federal e garantir-lhes um futuro promissor. Quantas pessoas impossibilitadas de sequer sonhar com a universidade, hoje já se formaram e podem proporcionar às suas família um conforto merecido e sonhar com o futuro e torná-lo realidade?
No final dos anos noventa meu marido, ficou desempregado, devido à falência de uma grande empresa a qual prestava serviços havia mais de 11 anos, falência essa causada por políticas equivocadas dos governos anteriores. Foram dez meses sem trabalho e renda e nossas dívidas se acumulavam e foi bem difícil conseguir um novo trabalho, apesar da experiência comprovada em carteira. Desde que o PT assumiu o poder nunca mais ficou desempregado, porque sempre que isso ocorria tinha oferta de trabalho. Mesmo querendo ser imparcial nesse artigo, não posso, simplesmente porque não é justo negar a realidade, como não é justo a ingratidão, como diz o ditado, “cuspir no prato que come”. Mesmo pagando um imposto de renda o mais alto, não nos fez falta, faço parte de uma família que prosperou, pelo menos pudemos possibilitar aos nossos filhos estudar em uma escola federal e garantir-lhes um futuro promissor. Quantas pessoas impossibilitadas de sequer sonhar com a universidade, hoje já se formaram e podem proporcionar às suas família um conforto merecido e sonhar com o futuro e torná-lo realidade?
Temos
que ter o ouvido mais atento para as promessas de campanha que coloquem em
discussão, por exemplo, o combate a inflação. Não se consegue combater a
inflação de uma hora para a outra sem comprometer o emprego e a renda. Veja o
exemplo de FHC, combateu a inflação, mas o desemprego assumiu índices
assustadores. A busca pelo consumo é uma prova de que o poder de compra da população
está em alta, e isto tende a aumentar os preços, porém, se tenta cortar isso a
curto prazo pode comprometer os salários diminuindo o poder de compra, mas isso
não é saudável. É preferível em um tempo mais longo aumentar a oferta, e para
isso precisa-se de incentivar a indústria e a geração de emprego e renda. Esta
é uma opinião de uma pessoa leiga, mas é coerente porque tem a consciência que
pode ajudar o país a se desenvolver sem comprometer o emprego, mas precisa de
um tempo maior para se colher os resultados.
Vejo no discurso do Aécio um amontoado de palavras que visam apenas a fazer e manter
a mesma fala, como uma retórica capciosa cujo sentido é atingir o povo
brasileiro na sua falta de educação política, passando a impressão de que a
Dilma é um monstro. Até a sua propaganda política de hoje, dia 10/10/2014, mostram
imagens do debate falsas. Eu posso dizer porque assisti ao debate e a imagem da Dilma que ele mostra do seu lado é uma imagem
que mostra a Dilma em um momento desfavorável, com um casaco vermelho, quando,
na verdade ela se vestia de um casaco branco no dia do debate e estava bem
serena.
Este
artigo visa mostrar verdades. Não faço campanha para a Dilma, peço apenas que
aprendam a votar sem serem influenciados por pessoas cujo interesse é poder por
poder. Procurem ler sobre os dois candidatos, os valores que eles defendem, mas
não o que é mostrado nas propagandas, procurem os meios confiáveis, o seu
passado e o que fizeram de concreto quando tiveram a oportunidade de liderar na
causa do povo.
Geovani
10/10/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário