Liturgia: Jeremias 23,5-8/Salmo 71/Evangelho (Mateus 1,18-24) Comentário: José - O Protetor da Família de Nazaré - Protetor da Igreja e das Famílias em Particular

 

 

Leitura (Jeremias 23,5-8)

Leitura do livro do profeta Jeremias.

23 5 "Dias virão - oráculo do Senhor - em que farei brotar de Davi um rebento justo que será rei e governará com sabedoria e exercerá na terra o direito e a equidade.

6 Sob seu reinado será salvo Judá, e viverá Israel em segurança. E eis o nome com que será chamado: ‘Javé-nossa-justiça! ’

7 Eis por que chegarão dias - oráculo do Senhor - em que não se dirá mais: ‘Viva Deus, que tirou do Egito os filhos de Israel’.

8 Mas sim: ‘Viva Deus, que fez voltar os israelitas do norte e de todas as terras, aonde os exilara, trazendo-os à pátria’"..

Palavra do Senhor.

 

Salmo responsorial 71/72
 

 

Evangelho (Mateus 1,18-24)

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

1 18 Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José. Antes de se casar, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo.
19 José, com aquém Maria ia casar, era homem de bem, não querendo difamar Maria, resolveu rejeitá-la secretamente.
20 Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo.
21 Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”.
22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta:
23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se chamará Emanuel, que significa: Deus conosco”.
24 Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado, desposou Maria e a recebeu em sua casa.
Palavra da Salvação.


 

Comentário: 

José
O Protetor da Família de  Nazaré
Protetor da Igreja e das Famílias em Particular

José, chamado de “homem justo”, homem de bem, foi o homem escolhido por Deus para ser o protetor de Jesus e de Maria.

Imaginem a reação de José quando viu Maria, já passados, possivelmente mais de três meses de sua gravidez. Certamente que ele encontrou Maria depois do nascimento de João Batista, quando Maria teria ido acompanhar a prima Isabel nos últimos três meses de gravidez para ajudá-la até o nascimento do filho e os dias de resguardo. Assim a gravidez de Maria já estava adiantada e dando mostras em seu corpo.

José sabia o que isto representaria na sociedade da época, as retaliações que sofriam as mulheres quando pegas em pecado, e, como eles ainda não haviam se casado e não tinha tido relações sexuais com ela, a gravidez dela não tinha nada a ver com ele. Mesmo assim ele não ousou julgá-la, não pediu satisfação e nem comentou, se manteve em silêncio, mas certamente que sofrendo muito por isso. Pensou, então em tirar o “time de campo” e deixando Maria ele a preservaria de sofrer retaliações da sociedade.

Observe o exemplo do caráter de José. Este é o exemplar de humano que Deus espera de todos nós. Precisamos nos aprofundar no que foi a vida desse homem “José” para entendermos o que é viver uma vida completamente voltada para fazer a vontade de Deus. Ele cuidou de Jesus e de Maria e viveu uma vida casta, de renúncia, mesmo sendo um homem forte e robusto e, certamente sonhar com uma família, o que era normal, ele renunciou a uma família sua, a uma vida própria para viver a vida que Deus quis para ele. José cumpriu a sua missão de ser o “pai” da família de Nazaré, o pai adotivo do Filho de Deus e encarna a figura do pai adotivo da humanidade. Juntamente com Jesus e Maria, José foi peça fundamental para salvar a humanidade pecadora. Aprendemos com José, que é perfeitamente possível viver uma vida sem pecado, se a vivermos na simplicidade e exclusivamente para fazer a vontade de Deus. Aprendemos também com José, que não existe um caminho que leva a Deus sem sacrifício, sem renúncia de si, porque para vivermos uma vida para Deus, primeiramente temos que nos esvaziar de nós... E viver uma vida para Deus é viver uma vida para os nossos semelhantes, a exemplo de Jesus Maria e José.

Nos nossos dias, com as manifestações de Maria e de Jesus pelo mundo estamos cientes de que José é o personagem que Deus escolheu para ser o nosso conselheiro, além do seu bom exemplo. Nossa Senhora revelou que José morreu quando Jesus tinha 26 anos e quando partiu foi serenamente assistido por Jesus.

Há extensas revelações da unidade indivisível dos Corações de Jesus, Maria e José. Dentre elas cito a visão dos três corações unidos ao Padre Pedro Antônio Bach, em Ribeirão Pires/SP, falecido em 2010 e Edson Glauber, de Itapiranga/Amazonas, além de muitas outras partes do mundo que não deixam dúvidas sobre a veracidade delas e até já foram reconhecidas pelas igrejas locais.  

 

São José foi o protetor da Família de Nazaré e é esta a sua missão: proteger a família de Deus, a IGREJA e as FAMÍLIAS em particular.