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terça-feira, 5 de abril de 2016

LITURGIA: Primeira Leitura (At 4,32-37) - SALMO 92 - Evangelho (Jo 3,7b-15)










É PRECISO NASCER DE NOVO

O conhecimento da Palavra de Deus há de gerar frutos em nós, que demonstrem um novo nascimento espiritual. Do contrário as Escrituras Sagradas para nós serão como palavras mortas. Jesus diz no texto do Evangelho: “O vento sopra onde quer...” O Espírito Santo paira no ar, sonda os lugares mais longínquos e penetra no mais secreto de nós, porém para percebê-Lo é necessário que vivamos vida espiritual, que sejamos “NOVAS CRIATURAS”, abertas ao entendimento e capazes de perceber a sabedoria de Deus presente em tudo. E como novas criaturas não viveremos por nós, mas seguiremos as indicações do Espírito, isto é, correspondendo ao que o Espírito de Deus nos indica, servindo nas mais diversas formas, situações e lugares. A pessoa que se deixa conduzir pelo Espirito vive a aventura do Espírito, num dinamismo constante, sem nunca se cansar. Faz o que o coração manda que faça, e nem questiona as dificuldades, o seu desejo é agradar a Deus. Temos muitos exemplos de quem viveu no Espírito. No cristianismo o nosso maior exemplo é a Sagrada Família, os Apóstolos de Jesus e os Santos ao longo da história.

Mas podemos estar dentro da religião de Deus, seguindo tudo como manda a Lei de Deus, vivendo uma vida consagrada, acomodada, e como Nicodemos, ignorar a vida nova que Cristo quer nos dar, porque o novo nascimento do qual Cristo fala é uma vida convertida, onde o novo faz parte do cotidiano, novo porque não se pode prever os passos de cada dia,é uma aventura, o Espírito faz com que a pessoa se mobilize, se inquiete com a injustiça, e se disponha a ser o rosto de Deus diante da realidade, onde se necessite da presença do amor de Deus.

O testemunho de Cristo é nosso referencial de vida. Os ensinamentos que Jesus pregou, o Seu modo de viver, a sua morte e ressurreição nos convoca a morrermos de uma vida voltada para as coisas terrenas do mundo, e ressuscitarmos para uma vida espiritual transformada no amor, voltada para as coisas celestiais.  E aí Jesus nos apresenta a Sua cruz como forma para erguermos o nosso olhar à sua misericórdia e recorrermos a Ele que está erguido naquela cruz da redenção a se oferecer a nós afim de fixarmos nele, em seu sofrimento e dor pela nossa salvação. E ai Jesus se compara à serpente que Deus mandou Moisés levantar no deserto com o propósito de salvar as pessoas feridas pelo veneno dela, uma vez erguendo olhar em direção ao mastro ao qual ela estava erguida a pessoa se salvava da morte. Da mesma forma, se crermos no Crucificado erguido naquela cruz seremos alcançados pela Misericórdia de Deus e vislumbraremos o céu já aqui na terra, porque o sacrifício para agradar a Deus trás para a pessoa um sentido novo em cada situação vivida, mesmo que seja com perseguições e sofrimento. Mas o maior sentido da contemplação de Cristo erguido na Cruz é a vida eterna. Porque ao olharmos para Cristo ali entenderemos que Cristo venceu a morte e ressuscitou, e também nós ressuscitaremos com Ele para a vida eterna e compartilharemos da presença de Deus, dos Seus santos e anjos.


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