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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Perfeitos na Unidade - Evangelho João 17, 20-26



Evangelho (João 17,20-26)
Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo:
"Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim.
Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste.
Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um: eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e o mundo reconheça que me enviaste e os amaste, como amaste a mim.
Pai, quero que, onde eu estou, estejam comigo aqueles que me deste, para que vejam a minha glória que me concedeste, porque me amaste antes da criação do mundo.  Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes sabem que tu me enviaste.  Manifestei-lhes o teu nome, e ainda hei de lho manifestar, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles".

Reflexão:

PERFEITOS NA UNIDADE

Jesus conhece bem o coração humano, e sua tendência para a divisão, os conflitos, e a visão distorcida da realidade. Sintoma do pecado, a ausência de comunhão coloca-se no extremo oposto do ideal de Jesus. Foi este o alvo de sua ação redentora: arrancar o ser humano do egoísmo, que perverte o coração e o afasta de Deus e do próximo, levando a converter-se à unidade.


O modelo de unidade vislumbrado por Jesus é a comunhão trinitária. Portanto, ao apelar para a unidade, sua intenção foi levar os seres humanos a viver de modo semelhante, como vivem o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o mesmo projeto, fundado na comunhão, que Jesus propõe para a humanidade, a começar pelo grupo restrito dos discípulos. 
Para Jesus, a comunhão dos discípulos reforçaria a credibilidade de sua condição de enviado. Se implantou uma forma de amor-comunhão, diferente das até então conhecidas, é porque ele, de alguma forma, a tinha previamente experimentado na comunhão com o Pai e o Espírito Santo. Esta experiência prévia, no seio da Trindade, possibilitou a Jesus mostrar aos seres humanos o que seria melhor para eles. Sem amor-comunhão, só existe frustração. Não existe salvação possível. 
Sabemos que o mundo fragmentado em que vivemos é um grande obstáculo à unidade, até porque as próprias religiões se apresentam nesse páreo, muitas vezes em lados opostos, mesmo tendo a consciência de que Deus é um só Deus, e não privilegia qualquer segmento religioso, mas todos os que têm si um coração aberto e desejoso de atender aos seus apelos para a vivência do amor universal.
O discípulo de Cristo, por excelência, deve cultivar o ideal de ser perfeito na unidade, mesmo que forças contrárias digam não, porque o chamado à unidade é para todos, como uma vivência do amor entre irmãos, mesmo que pertença a religião diferente.

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