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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A nossa própria vida e tudo o que temos é Dom de Deus para ser partilhado - Evangelho Lucas 12,13-21



Evangelho (Lucas 12,13-21)

Naquele tempo, 12 13 disse a Jesus alguém do meio do povo: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança”.
14 Jesus respondeu-lhe: “Meu amigo, quem me constituiu juiz ou árbitro entre vós?”
15 E disse então ao povo: “Guardai-vos escrupulosamente de toda a avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas”.
16 E propôs-lhe esta parábola: “Havia um homem rico cujos campos produziam muito”.
17 E ele refletia consigo: ‘Que farei? Porque não tenho onde recolher a minha colheita’.
18 Disse então ele: ‘Farei o seguinte: derrubarei os meus celeiros e construirei maiores; neles recolherei toda a minha colheita e os meus bens.
19 E direi à minha alma: ó minha alma, tens muitos bens em depósito para muitíssimos anos; descansa, come, bebe e regala-te’.
20 Deus, porém, lhe disse: ‘Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma. E as coisas, que ajuntaste, de quem serão?’
21 Assim acontece ao homem que entesoura para si mesmo e não é rico para Deus”. 


A nossa própria vida e tudo o que temos é Dom de Deus para ser partilhado
As nossas inquietações diante da exclusão em vive grande parte da população: — crianças e jovens que não tem acesso a uma alimentação saudável, que compromete o seu desenvolvimento intelectual, criando verdadeiros exércitos de marginalizados, incapazes de galgar degraus na sociedade por estarem em condições desfavoráveis; — idosos que vivem pelas ruas, a maioria subsistindo catando papéis e vasculhando os latões de lixos à procura de algo que possa ser vendido para reciclagem, a fim de conseguirem alguns centavos para comprar alimento; tudo isso doe  imensamente nas pessoas que possuem um senso de bem comum. Essas inquietações são bons sinais e demonstram um traço de nossa humanidade viva. Desumanas são pessoas que só pensam em coisas materiais e em seus interesses pessoais que acumulam bens materiais para ter tranquilidade no futuro, sem considerar o exército de carentes que clamam pelo básico. Pessoas assim, quase sempre são pegos de surpresa e tudo o que acumularam perde o sentido porque tudo passa e o que fica é apenas o nada. É muito triste passar pela vida tendo tudo e depois, na eternidade encontrar o nada.
Ao contrário, quando partilhamos com os outros os nossos bens, sejam materiais ou intelectuais, estamos nos abastecendo de tesouros eternos. Essa é a economia divina: “quanto mais se divide mais se tem”.

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