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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A experiência da transfiguração começa pelo coração bondoso - Evangelho arcos 9,2-10



Evangelho (Marcos 9,2-10)


"Eis meu Filho muito amado, nele está meu bem-querer, escutai-o, todos vós!" (Mt 17,5). 

9 2 Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E
3 transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as pode fazer assim tão brancas.
4 Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus.
5 Pedro tomou a palavra: “Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”.
6 Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados.
7 Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: “Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o”.
8 E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles.
9 Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do homem houvesse ressurgido dos mortos.
10 E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: “Ser ressuscitado dentre os mortos”.



A experiência da transfiguração começa pelo coração bondoso
A transfiguração revela-nos a identidade profunda de Jesus, com Deus.
A alvura das vestes de Jesus indica a santidade que o envolve. A presença de Moisés e Elias significa que o centro das Escrituras é Jesus, Moisés representa a Lei e Elias, os Profetas. A densa nuvem reveste a transfiguração de Jesus de um caráter da manifestação de Deus manifestando a divindade de Jesus, que veio do Pai, vivia unido a ele e para o Pai haveria de voltar. 
É, na verdade, uma manifestação do céu na terra e daí entende-se por que os discípulos queriam permanecer no monte da transfiguração de Jesus.
A transfiguração de Jesus nos revela a distância que existe entre a glória à qual todos nós somos destinados e a situação na qual vivemos no presente porque os nossos pecados são o grande obstáculo para que a glória dos filhos de Deus se manifeste na sua plenitude. Mas a misericórdia divina vem em nosso socorro de modo que, pela graça, podemos vencer o pecado e nosso coração ser transfigurado aos poucos. A pessoa que se deixa transfigurar o coração, é tomada de beleza interna. Um coração bondoso dedica a vida aos outros e se torna veículo do amor de Deus para com os outros. Se buscarmos esta transfiguração do coração estaremos preparados para nos transfigurar após a nossa morte terrena e termos um corpo também transfigurado na ressurreição, quando seremos resgatados com Cristo e viveremos com Ele para sempre e assim seremos semelhantes a Deus, porque o veremos tal qual Ele é.



Baseado em Dom Valmor (Arcebispo de BH) e Pe. Jaldemir Vitório (padre jesuíta doutor em exegese bíblica)

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