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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

O MODELO HUMANO QUE PARTILHARÁ DO REINO DE DEUS

 

 
O MODELO HUMANO QUE PARTILHARÁ DO REINO DE DEUS
 
A liturgia do sábado, dia 12/12/2015, é de extrema importância, porque nos esclarece a respeito dos fundamentos de nossa fé em Cristo, e em Maria e nos revela através da  Sagrada Família, o destino de toda a humanidade redimida. Isto é, a remissão da humanidade está estreitamente ligada primeiramente a Jesus, o Filho de Deus, mas também àqueles que Deus escolheu para tornar possível este Seu Divino sonho de resgate da humanidade pecadora, para uma vida sem pecado focada em viver a experiência de unidade com Deus-Pai, Filho e Espírito Santo.
 
Compartilho aqui algumas reflexões que são importantes no meu entender, para sabermos dar explicações à fé que nos é passada pela Igreja Guiada por Cristo e o Seu Divino Espírito, a Igreja Católica:

Era necessário que Deus viesse à terra na natureza humana, nascido de uma mulher como todo humano, para que pudesse resgatar a natureza original do homem criado à imagem e semelhança com Deus.

Devido ao uso indevido da liberdade o homem havia perdido, por escolha própria, as características originais de sua natureza espiritual que lhe daria a condição de viver a eternidade junto de Deus.
 
Mas a misericórdia de Deus se fez presente no mundo: Ele próprio veio na natureza humana para, além de resgatar a natureza original humana, mostrar ao homem, que usando a sua liberdade conforme Jesus a usou a sua humanidade se equipará ao seu Criador, sem a qual não é possível viver a unidade com a Trindade.
 
Assim, Jesus remiu o homem em sua natureza. Mas Deus nos fez livres para escolher, e precisamos escolher seguir ou não a proposta de vida que Jesus nos oferece, mesmo sendo a única forma de partilharmos do Reino de Deus, precisamos dar  os nossos próprios passos em direção a Esse Reino.

Quanto a Maria, a Igreja nos ensina que Maria é livre do pecado original e é um ponto de discórdia entre católicos e protestantes. Mas há um detalhe que devemos considerar: Maria foi escolhida para ser a mãe de Deus, e este fato já explica a sua pureza. Um corpo cuja alma está em pecado não pode gerar um Outro corpo completamente Divino como o Filho de Deus. E isto está bem claro na Palavra de Deus, nos três Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, com o ensinamento do VINHO NOVO ODRES NOVOS (Mateus 9,17). Para receber o vinho novo que é puro, tem-se que purificar, do contrário o impuro não suportaria. Isto para nos dar a entender que não é possível a unidade entre o pecado e a Divindade de Deus.

Maria, nascida de pais humanos, completamente humana, não divina, é chamada a dar esse passo, o que ela responde imediatamente se declarando “FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A VOSSA PALAVRA” e, torna-se exemplo para toda a humanidade. São José a acompanha e os dois trilham esse caminho em direção ao Reino como protetores do DEUS-MENINO, mas acompanhados de perto por DEUS-PAI e o ESPÍRITO SANTO. Assim, a FAMILIA SAGRADA passa pela terra sendo formada para o CÉU.  É o destino de toda a raça humana..., estamos na terra para ser instruídos para viver no céu. Podemos assim dizer que a Família Sagrada é o projeto de família sonhada por Deus que se concretizou em Jesus, Maria e José. Com isso Deus nos comunica que é possível o seu projeto inicial de família que compartilham com Ele a Unidade em fraternidade, vivendo o serviço ao outro, pelo outro e não focado em si... vivendo, segundo a vontade de Deus e não a vontade pessoal.

Mas há uma particularidade em Maria que a torna merecedora de ser assunta ao céu e precisamos estar atentos a isto para não divinizá-la, porque ela é completamente humana como cada um de nós, mas torna-se merecedora pela sua conduta. Além da vocação que Deus a predestinou, eliminando dela o pecado original, para torná-la apta a receber em seu ventre  a divindade do Filho de Deus, há a sua humildade: quando o Anjo anunciou-lhe que seria a mãe do Filho de Deus, ela demonstra o seu sentimento de humildade e simplicidade quando encontra a prima Izabel e, extremamente comovida declama o "Magnificat";  e depois, devido à sua prontidão a viver em suas entranhas a vontade de Deus. Ela dá o seu corpo para formar o filho de Deus e vive a sua vida em completa sintonia com o amor de Deus, sensível às necessidades dos outros, como o caso de viajar um longo caminho para cuidar da prima Isabel grávida, e nas bodas de Caná, onde através da sensibilidade dela para as necessidades dos outros intercede pela família e faz acontecer, através de Jesus, o Milagre da transformação da água em vinho. Ela dá a sua vida em função do amor aos outros, como Deus deseja que todos vivamos.


Deus, através da maternidade de Maria e da paternidade adotiva de José apresenta-se humanamente como irmão de todos, elegendo o modelo de pais que Ele deseja para a raça humana e ao mesmo tempo o modelo de humano que ele sonhou para todos. E as atuações de Maria em toda a história do cristianismo tem o significado de levar as pessoas a Jesus. Desde o início da vida pública de Jesus está muito bem exemplificado no episódio das Bodas de Caná, onde Maria intercede a favor daquela família, evitando a desmoralização dela, mas o que aparece aos expectadores não é a sua interferência, mas o Milagre realizado por Jesus. Tudo que Maria faz, os seus constantes apelos à oração e conversão é para mostrar Jesus e atrair as pessoas a Ele, pois sabe que não há salvação sem Jesus. É assim desde o início e continua nos dias de hoje, nas inúmeras aparições de Maria pelo mundo, onde em muitas ocasiões ela fala da presença de São José, de Jesus e do Espírito Santo. São José também tem se apresentado, nos últimos anos  mais intensamente como protetor das famílias e das crianças junto de Deus, como foi com Jesus e  com a Família Sagrada.


 
 
 
 

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