Postagens populares

quarta-feira, 23 de março de 2016

LITURGIA E REFLEXÃO: Leitura (Isaías 50,4-9 / Salmo 68 /Evangelho (Mateus 26 14-25










O AMOR É INAFIANÇÁVEL

Judas era um traficante por excelência nos moldes que conhecemos. A sua visão estava centrada naquilo que lhe podia trazer vantagens financeiras. Por isso, comparando o crescimento da popularidade de Jesus e o desgosto que isto causava na classe abastada religiosa da época, logo viu uma oportunidade de auferir algum dinheiro vendendo  Jesus. As palavras de Jesus que ele acompanhava há tanto tempo não lhe diziam respeito, porque não batia com os seus conceitos pessoais. Enquanto Jesus pregava o desapego das coisas e do dinheiro, ele determinou a não acreditar em Jesus, porque dizia coisas que não lhe diziam respeito. Por isso, quando Jesus falou “ai daquele que trair o Filho do Homem!...”, e mesmo sabendo que se tratava dele, não se importou, continuou o seu plano para fazer o que mais ditava a sua desordem interior.

Essas ideias ainda permeiam em nossa sociedade, onde o amor à vida das pessoas parecem não ter valor, se comparado aos interesses pessoais, sempre voltados para o dinheiro ou àquilo que se pode comprar com  o dinheiro. Deus dá a oportunidade de ganhar dinheiro e espera de quem o tem, sempre uma atitude de amor, de desprendimento, para que se possa perceber as necessidades dos irmãos e servi-los naquilo que mais precisam, como necessidades básicas de alimento e vestuário.

Este Evangelho, o mesmo de ontem que foi escrito por João nos passa os mesmos valores, mas com o foco  em diferentes visões. O de João, a centralidade está na capacidade do amor que cultivamos em nosso interior para nos dar a verdadeira medida do que  é bom e agrada a Deus. O de Mateus a centralidade está no apego ao dinheiro como causa de desordens em nós, o que nos impede de perceber a verdade com clareza. Em consequência, o de João nos faz entender que a falta de amor dentro de nós leva-nos a fazer as más escolhas, porque o  que não agrada a Deus não é bom para o homem, mesmo que, aparentemente entenda que seja bom. E o de Mateus o apego, ou amor ao dinheiro é capaz de inebriar a pessoa e impossibilitá-la de amar verdadeiramente.

Lembremos que não cabe a nós julgar as pessoas, mesmo que as suas ações estejam em desacordo com o amor que Jesus ensina. Todos nós, como Judas, estamos propensos a erros e em algum momento podemos trair Jesus, quando nos tornamos indiferentes ao que ELE NOS PEDE, que é viver o AMOR E A CARIDADE ACIMA DE TUDO. E o ano da Misericórdia, instituído por Jesus através da Igreja, na pessoa do Papa Francisco vem nos alertar para tomarmos uma atitude e não sermos indiferentes à misericórdia que o Senhor quer nos passar nesses últimos tempos, principalmente acolhendo a Misericórdia de Jesus e sendo misericordiosos uns com os outros.





Nenhum comentário:

Postar um comentário