O AMOR É INAFIANÇÁVEL
Judas era um traficante por excelência nos moldes que
conhecemos. A sua visão estava centrada naquilo que lhe podia trazer vantagens
financeiras. Por isso, comparando o crescimento da popularidade de Jesus e o
desgosto que isto causava na classe abastada religiosa da época, logo viu uma
oportunidade de auferir algum dinheiro vendendo
Jesus. As palavras de Jesus que ele acompanhava há tanto tempo não lhe
diziam respeito, porque não batia com os seus conceitos pessoais. Enquanto
Jesus pregava o desapego das coisas e do dinheiro, ele determinou a não
acreditar em Jesus, porque dizia coisas que não lhe diziam respeito. Por isso,
quando Jesus falou “ai daquele que trair
o Filho do Homem!...”, e mesmo sabendo que se tratava dele, não se importou,
continuou o seu plano para fazer o que mais ditava a sua desordem interior.
Essas ideias ainda permeiam em nossa sociedade, onde o amor
à vida das pessoas parecem não ter valor, se comparado aos interesses pessoais,
sempre voltados para o dinheiro ou àquilo que se pode comprar com o dinheiro. Deus dá a oportunidade de ganhar
dinheiro e espera de quem o tem, sempre uma atitude de amor, de desprendimento,
para que se possa perceber as necessidades dos irmãos e servi-los
naquilo que mais precisam, como necessidades básicas de alimento e vestuário.
Este Evangelho, o mesmo de ontem que foi escrito por João
nos passa os mesmos valores, mas com o foco em diferentes visões. O de João, a
centralidade está na capacidade do amor que cultivamos em nosso interior para
nos dar a verdadeira medida do que é bom e agrada a Deus. O de Mateus a centralidade
está no apego ao dinheiro como causa de desordens em nós, o que nos impede de
perceber a verdade com clareza. Em consequência, o de João nos faz entender que
a falta de amor dentro de nós leva-nos a fazer as más escolhas, porque o que não agrada a Deus não é bom para o homem, mesmo que, aparentemente entenda que seja bom. E o de Mateus o
apego, ou amor ao dinheiro é capaz de inebriar a pessoa e impossibilitá-la de amar
verdadeiramente.
Lembremos que não cabe a nós julgar as pessoas, mesmo que as suas ações estejam em desacordo com o amor que Jesus ensina.
Todos nós, como Judas, estamos propensos a erros e em algum momento podemos
trair Jesus, quando nos tornamos indiferentes ao que ELE NOS PEDE, que é viver
o AMOR E A CARIDADE ACIMA DE TUDO. E o ano da Misericórdia, instituído por
Jesus através da Igreja, na pessoa do Papa Francisco vem nos alertar para tomarmos
uma atitude e não sermos indiferentes à misericórdia que o Senhor quer nos passar
nesses últimos tempos, principalmente acolhendo a Misericórdia de Jesus e sendo
misericordiosos uns com os outros.
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