Palavras de Vida
Senhor, tuas palavras são espírito, são vida;
só tu tens
palavras de vida eterna! (Jo 6,63.68)
As obras que Jesus realizava não se fizeram frutos entre os religiosos judaicos
porque eles não estavam em sintonia com a vontade de Deus, que é a prática do
amor verdadeiro entre os irmãos. Na sociedade havia a divisão de classe que contemplavam
privilégios a uns e desprestígios a outros. O amor de Deus contempla a todos
igualmente sem privilegiar este ou aquele. Jesus se tornou presença incômoda
entre eles, por denunciar as injustiças e incoerências entre o que falavam e
praticavam. Usavam da religião e das Leis de Deus como forma de demonstrar
poder sobre os demais, principalmente sobre os pobres e sofredores que eram considerados
por eles como pecadores desmerecedores dos favores de Deus.
Ainda hoje existem pessoas que fazem da religião um objeto, amuleto,
como forma de ganhar o céu, vão às Santas Missas e até estão nas filas da
comunhão, mas com o sentido em outras coisas e nem se preocupam em conhecer
mais profundamente a palavra de Deus e converterem-se. Ou vão só em certas épocas
como o Natal, ou em ocasiões restritas familiar, como casamentos e batismos
etc.
Diante do Evangelho devemos sempre nos questionar se estamos sendo
verdadeiros, se estamos procurando nos renovar em Cristo, enfim lutando pela nossa
própria conversão para alcançarmos o entendimento e a sabedoria de Deus sobre o
nosso comportamento justo diante das exigências do mundo. O mundo oferece-nos
muitas opções e precisamos muito de estar sintonizados com a vontade de Deus
para não cairmos em erros.
No mundo atual convivemos com situações tão
absurdas e enganosas, que tendemos a desacreditar nas pessoas e em tudo o que nos
rodeia. Mas a Palavra de Deus vem nos interpelar sobre o nosso comportamento
diante dos acontecimentos do mundo. Qual de nós pode se vangloriar e se considerar
melhor do que os pecadores pegos em seus delitos. Deus sempre dá a todos a
chance de se redimirem e se converterem diante de suas mazelas. Mas é preciso que
se arrependa e se coloque em posição de humildade para que a vida seja transformada
e se possa perceber os sinais e as graças que Deus nos disponibiliza para
fortalecer-nos e nos mantermos puros, sem pecados, diante de Deus. É impossível
a nós humanos não pecarmos, devido à nossa fragilidade e ao nosso caráter tendencioso
à corrupção e a fazer juízo dos outros. Mas a Igreja Católica nos oferece um meio
excelente e eficaz de nos mantermos puros diante de Deus, que é o sacramento da
confissão.
O nosso Papa Francisco instituiu o Ano da
Misericórdia para podermos viver a misericórdia em nossa vida. A misericórdia
não é apenas pedir perdão, mas também perdoar os outros, e, não só perdoar
aqueles que nos ofendem, mas também, sermos misericordiosos com todos. Isto
implica em realizar as obras de misericórdia, ou seja, praticarmos a caridade, que
é a experiência do amor concreto, que faz de quem o pratica mediador da
misericórdia de Deus no mundo. As obras de misericórdia estão explicitadas na
Bíblia em Mateus 25, 35-36. “...tive
fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e
hospedastes-me, estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na
prisão, e foste me ver”.
Façamos a nossa parte para termos merecimento
diante de Deus, aqui e na eternidade.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!
ResponderExcluirAmei sua reflexão, enriqueceu minha oração!
Sou apaixonada por Jesus e o conheci na minha igreja católica graças a Deus e tenho feito por onde crescer na fé e no amor à Deus é ao próximo.
Obrigada de coração.