Postagens populares

segunda-feira, 14 de março de 2016

LITURGIA: Leitura Daniel 13,1-9.15-17.19-62 / Salmo 22-23 / Evangelho João 8, 12,20

Daniel 13,1-9.15-17.19-62

Leitura da profecia de Daniel.
Naqueles dias,
1 havia um homem chamado Joaquim, que habitava em Babilônia.
2 Tinha desposado uma mulher chamada Suzana, filha de Helcias, de grande beleza, e piedosa,
3 porque havia sido educada segundo a lei de Moisés por pais honestos.
4 Joaquim era sumamente rico. Junto à sua casa havia um pomar. Os judeus reuniam-se freqüentemente em casa dele, porque gozava de uma particular consideração entre seus compatriotas.
5 Haviam sido nomeados juízes, naquele ano, dois anciãos do povo, aos quais se aplicava bem a palavra do Senhor: "A iniqüidade surgiu, em Babilônia, de anciãos juízes que passavam por dirigentes do povo".
6 Esses dois personagens freqüentavam a casa de Joaquim, aonde vinham consultá-los todos aqueles que tinham litígio.
7 Lá pelo meio-dia, quando toda essa gente tinha ido embora, Suzana vinha passear no jardim de seu marido.
8 Os dois anciãos viam-na portanto todos os dias durante seu passeio, tanto que se apaixonaram por ela e,
9 perdendo a justa noção das coisas, desviaram os olhos para não ver mais o céu e não ter mais presente no espírito a verdadeira regra de comportamento.
15 Enquanto calculavam qual seria o momento propício, eis que Suzana chegou como de costume, com duas empregadas, e tomou a resolução de banhar-se, pois fazia calor.
16 Lá não havia ninguém, salvo os dois anciãos escondidos, que a espreitavam.
17 "Trazei-me", disse ela às duas empregadas, "óleo e unguentos, e fechai as portas do jardim, para eu me banhar".
19 Apenas saíram, os dois homens precipitaram-se em direção de Suzana.
20 As portas do jardim estão fechadas, disseram-lhe, "ninguém nos vê. Ardemos de amor por ti. Aceita, e entrega-te a nós.
21 Se recusares, iremos denunciar-te: diremos que havia um jovem contigo, e que foi por isso que fizeste sair tuas servas".
22 Suzana exclamou tristemente: "Que angústias me envolvem por todos os lados! Consentir? Eu seria condenada à morte! Recusar? Nem assim eu escaparia de vossas mãos!
23 Não! Prefiro cair, sem culpa alguma, em vossas mãos, do que pecar contra o Senhor".
24 Suzana soltou grandes gritos, e os dois anciãos gritavam também contra ela.
25 E um deles, correndo às portas do jardim, abriu-as.
26 Com essa balbúrdia, os criados precipitaram-se pela porta do fundo para ver o que havia acontecido.
27 Os anciãos se puseram a falar, e os criados enrubesceram, pois jamais nada de semelhante fora dito de Suzana.
28 No dia seguinte, os dois anciãos, cheios de criminosas intenções contra a vida de Suzana, vieram à reunião que se realizava em casa de Joaquim, marido dela.
29 Disseram, diante da assembléia: "Mandem buscar Suzana, filha de Helcias, a mulher de Joaquim!" Foram-na buscar,
30 e ela chegou com seus pais, seus filhos e os membros de sua família.
33 Os seus choravam, assim como seus amigos.
34 Os dois anciãos levantaram-se à vista de todos, e pousaram a mão sobre sua cabeça,
35 enquanto ela, debulhada em lágrimas, mas com o coração cheio de confiança no Senhor, olhava para o céu.
36 Os anciãos disseram então: "Quando passeávamos pelo jardim, ela entrou com duas servas; depois fechou a porta e mandou embora suas acompanhantes.
37 Então, um jovem que se achava escondido ali, aproximou-se e pecou com ela.
38 Nós nos encontrávamos num recanto do jardim. Diante de tal desvergonhamento, corremos para eles e os surpreendemos em flagrante delito.
39 Não pudemos agarrar o homem, porque era mais forte do que nós, e fugiu pela porta aberta.
40 Ela, nós a apanhamos; mas quando a interrogamos para saber quem era o jovem, recusou-se a responder. Somos testemunhas do fato".
41 Confiando nesses homens, que eram anciãos e juízes do povo, condenaram Suzana à morte.
42 Então ela exclamou bem alto: "Deus eterno, vós que penetrais os segredos, que conheceis os acontecimentos antes que aconteçam,
43 sabeis que isso é um falso testemunho que levantaram contra mim. Vou morrer, sem nada ter feito do que maldosamente inventaram de mim".
44 Deus ouviu sua oração.
45 Como a levassem para a morte, o Senhor suscitou o espírito íntegro de um adolescente chamado Daniel,
46 que proclamou com vigor: "Sou inocente da morte dessa mulher!"
47 Todo mundo virou-se para ele: "O que significa isso?", perguntaram-lhe.
48 Então, no meio de um círculo que se formava, disse: "Israelitas, estais loucos! Eis que condenais uma israelita sem interrogatório, sem conhecer a verdade!
49 Recomeçai o julgamento, porque é um falso testemunho a declaração desses dois homens contra ela".
50 O povo apressou-se em voltar. Os anciãos disseram a Daniel: "Vem sentar conosco e esclarece-nos, pois Deus te deu o privilégio da velhice!"
51 "Separai-os um do outro", exclamou Daniel, "e eu os julgarei". Foram separados.
52 Então Daniel chamou o primeiro e disse-lhe: "Velho perverso! Eis que agora aparecem os pecados que cometeste outrora em julgamentos injustos,
53 condenando os inocentes e absolvendo os culpados; no entanto, é Deus quem diz: ‘não farás morrer o inocente e o íntegro’.
54 Vamos! Se realmente a viste, dize-nos debaixo de qual árvore os viste juntos?" "Debaixo de um lentisco", respondeu.
55 "Ótimo!", continuou Daniel, "eis a mentira, que pagarás com tua cabeça. Eis aqui o anjo do Senhor que, segundo a sentença divina, vai dividir teu corpo pelo meio".
56 Afastaram o homem. Daniel mandou vir o outro e disse-lhe: "Filho de Canaã! Tu não és judeu: foi a beleza que te seduziu, e a concupiscência que te perverteu.
57 Foi assim que sempre fizeste com as filhas de Israel, as quais, por medo, entravam em relação convosco. Mas eis uma filha de Judá que não consentiu no vosso crime.
58 Vamos, dize-me sob qual árvore os surpreendeste em intimidade". "Sob um carvalho".
59 "Ótimo!", respondeu Daniel, "tu também proferiste uma mentira que vai te custar a vida. Eis aqui o anjo do Senhor, que empunha a espada, prestes a serrar-te pelo meio para te fazer perecer".
60 Logo a assembléia se pôs a clamar ruidosamente e a bendizer a Deus por salvar aqueles que nele põem sua esperança.
61 Toda a multidão revoltou-se então contra os dois anciãos os quais, por suas próprias declarações, Daniel provou terem dado falso testemunho.
62 De acordo com a lei de Moisés, aplicaram o tratamento que tinham querido infligir ao seu próximo: foram mortos. Assim, naquele dia, foi poupada uma vida inocente.
Palavra do Senhor.







A LUZ VERDADEIRA


“Eu sou a Luz do Mundo” (Jo 8,12)

A Luz de Cristo continua presente em Sua Palavra, nos sacramentos do Batismo e da Eucaristia, mas nós humanos nos guiamos por luzes falsas presentes no mundo. E são muitos os exemplos de luzes falsas que se apresentam à nossa frente e somos como que convocados por todos os lados, exigindo de nós tomar uma posição e seguir esta ou aquela luz. Os exemplos estão aí diante de nós e são inúmeros: em todo o mundo as controvérsias se multiplicam em todas as esferas e campos de atuação, e a confusão se estabelece. A humanidade está fechada no próprio egoísmo e o ser humano está confuso e com a mente perturbada, a se põe a defender causas que acham que diz respeito a si, mas não percebem que são induzidos pelas massas que também são induzidas. Precisamos acordar para a verdade que Jesus nos transmite em Sua Palavra, que tem o objetivo de ser luz para nos guiar, LUZ VERDADEIRA, que permite-nos sair da confusão. Precisamos também livrar as nossas mentes de construções erradas ao longo da história do mundo, como o ditado: “a voz do povo é a voz de Deus”, se a voz do povo fosse a voz de Deus, Jesus não teria sido crucificado; ou o testemunho de duas pessoas são válidos, se isto fosse verdade muitas pessoas ao longo da história não teriam sido condenadas injustamente.

Tomemos cuidado para não seguirmos outra luz que não seja a Luz de Cristo, porque muitas luzes se ascendem e querem nos induzir a segui-las. Há, em nosso meio luzes falsas que nos parecem verdadeiras mas não o são. Como na época da Profecia de Daniel, na leitura que lemos há autoridades as mais confiáveis a nossos olhos, tanto na área religiosa, como na política e na justiça propriamente reconhecida, que procuram nos induzir a defender os seus mesquinhos interesses e se esquecem que no final das contas é a justiça de Deus que prevalecerá. Não sejamos nós também juízes de causas próprias e causas alheias, porque de nada sabemos verdadeiramente, conhecemos apenas o que nos é passado, onde está camuflada a verdade. Antes de nos definirmos tomar partido desta ou daquela situação nos coloquemos em oração e em silêncio, em humildade para podermos ouvir do Espírito Santo que Jesus nos deu em nosso batismo. Tomemos posse da luz de Cristo para sermos os Seus auxiliadores nesse mundo tão confuso e sem Deus. Por que quando nos deixamos guiar pela luz de Cristo, descobrimos os caminhos que conduzem à vida. Quando vagamos nas trevas, o nosso destino é a morte. Luz e trevas, vida e morte, condenação e salvação são as opções que todos temos de fazer.
Há duas formas de medir para saber se estamos no caminho da luz de Cristo e também duas medidas para caminhar nas trevas:
  • O caminho da luz de Cristo, consiste em trilhar o caminho do amor, da misericórdia e da solidariedade, no trato com os nossos semelhantes, um modo de proceder próprio de quem possui a vida divina e comunhão com Deus que conduzirá à vida eterna.
  • O caminho das trevas, consiste numa vida marcada de injustiças, de corrupções e de maldade para com o próximo, e conduz à ruptura definitiva com o Deus da vida, ou seja, à morte eterna. Lembremos que o nosso desinteresse pelas coisas de Deus a começar por Sua Palavra edificante é o prenúncio de que estamos em perigo de perdermos a capacidade de enxergarmos a verdade e nos colocarmos em trevas.
É sempre tempo de decidirmos, e acolher a luz oferecida por Jesus, e por ela caminhar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário